Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 35

Patrícia Ribeiro subiu no carro com a cabeça cheia de pensamentos e, quando chegou à mansão dos Souza, já tinham se passado vinte minutos.

A empregada abriu a porta e, ao vê-la, fez uma expressão de reprovação.

"Senhorita Ribeiro, o que você veio fazer aqui? A patroa não está."

Ao olhar ao redor, Patrícia notou que, de fato, não havia ninguém no salão exceto a empregada que limpava.

Ergueu a cabeça, tentando perguntar se Rafael Souza tinha passado por lá, mas viu que a empregada já se virava, impaciente.

Não era de surpreender. Afinal, Daniela Teixeira nunca lhe dava as boas-vindas e todos ali eram espertos o suficiente para saber que o dia em que ela, como nora, seria dispensada não estava longe. Então, por que se dar ao trabalho de fingir cordialidade?

"Quem chegou aí?"

A porta do jardim se abriu e uma moça bonita apareceu, sorrindo levemente: "É a nova babá? Até que é bonita."

Não havia maldade em seus olhos, apenas uma curiosidade inocente.

A empregada riu baixinho, com um traço de desprezo no olhar.

Mas Patrícia Ribeiro não se irritou como ela esperava. Respondeu calmamente: "Não, as babás daqui usam uniforme. Vim procurar o Presidente Souza."

Ela estava tranquila, sem demonstrar nenhum sentimento a mais.

Percebendo que havia feito uma pergunta tola, a jovem se apressou em se desculpar: "Desculpa, não percebi. Você veio procurar meu primo? Ele saiu há meia hora."

Primo?

Patrícia examinou Valentina Souza de cima a baixo, sorrindo levemente: "Entendi, obrigada por me informar."

Talvez por ter percebido que ela realmente tinha um assunto importante e sentindo-se culpada pelo mal-entendido anterior, Valentina acrescentou:

"Meu primo deve ter ido para uma reunião dos Souzas. Ouvi ele ao telefone, parece que saiu só para resolver algumas coisas."

Após falar, Valentina olhou para a empregada com o cenho franzido: "Essa moça é uma visita, como é que você não ofereceu nem um chá? Não sabe tratar os convidados?"

A empregada apertou os lábios, prestes a retrucar, mas foi interrompida pela resposta de Patrícia.

"Não tem problema."

A empregada suspirou aliviada, ganhando coragem ao ver Patrícia defendendo-a: "Senhorita Souza, viu? Ela mesma disse que está tudo bem."

"É mesmo?" Valentina endureceu o olhar: "Não precisa ficar aqui."

A empregada se assustou, ciente de que se perdesse o emprego na família Souza perderia uma oportunidade muito grandiosa para sua carreira...

Encontrando alguém que lhe caísse bem, Valentina abriu o jogo rapidinho: "Você deve ser até mais bonita que a minha prima distante que eu nunca vi. Até hoje não sei nem como é a cara dela."

Patrícia Ribeiro esboçou um sorriso discreto. Mesmo sem aparecer nos eventos da família Souza, ela já era assunto constante entre eles.

Movida pela curiosidade, Valentina puxou Patrícia para sentar: "Olha, eu tenho amigos procurando por você. Você está livre para dar uma olhada em uns apartamentos para eles?"

Patrícia sabia que aceitar o trabalho com Rafael Souza abriria muitas portas, mas mesmo assim se surpreendeu. Com um sorriso leve e um balançar de cabeça, ela disse:

"Senhorita Souza, sinto muito. Durante meu tempo com o Presidente Souza, não estou considerando pegar outros projetos. Se seus amigos precisarem, podem falar com um dos meus colegas."

"Entendi."

Valentina ficou um pouco desapontada, mas logo um brilho voltou aos seus olhos: "Se você entende de design, deve saber pintar também, não é? Vem comigo."

Sem cerimônia, ela agarrou a mão de Patrícia e a levou escada acima.

Valentina estava hospedada na mansão dos Souza pois ficava perto de onde ela e os amigos combinaram de se encontrar para pintar.

"Me dá uma força com essa pintura, o que acha que deveria mudar? Já estou quebrando a cabeça com isso a tarde inteira."

Ela fez uma careta: "Eu ia pedir um conselho pro meu primo, mas ele tava com uma cara tão fechada que nem me atrevi a perguntar. Pelo que ouvi, ele ia se encontrar com a esposa, mas parece que ela deu o bolo nele, né?"