Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 468

Miguel Carvalho sorriu para Patrícia Ribeiro com uma leveza na voz.

"Estava apenas a brincar, mas estou realmente disposto a ajudar."

Um pedaço de bife foi colocado na boca de Patrícia Ribeiro, que se sentou de volta.

Ela mastigou calmamente a carne.

Miguel Carvalho verdadeiramente a admirava; mesmo sob a pressão de Rafael Souza, ela permanecia inabalável.

Até Renata Andrade, que estava ao lado de Rafael Souza, sentia a pressão se intensificar e, com medo, chamou, "Rafael?"

Os dedos pendentes de Rafael Souza estavam tensos, mas depois relaxaram lentamente.

Então, ela era aquele tipo de mulher.

Eduardo Nunes estava certo; baixo senso moral, se ela podia brincar com ele, poderia fazer o mesmo com outros.

Numa mistura de alívio e descontentamento, ele refletiu sobre seus sentimentos.

Ela não gostava dele, ou não teria querido beijar Miguel Carvalho.

Lembrou-se do jogo de "verdade ou desafio", onde ela inicialmente também quis beijar Miguel Carvalho.

Ele não disse nada, apenas lançou um olhar frio e caminhou para longe.

Renata Andrade não o seguiu imediatamente, mas olhou para Patrícia Ribeiro com um olhar feroz, dizendo: "Que baixeza, flertando com homens assim, sem mais nem menos."

Após as palavras, ela correu atrás de Rafael Souza.

Patrícia Ribeiro perdeu o apetite ao olhar para a comida à sua frente.

Miguel Carvalho, sentado do outro lado, balançava seu copo de vinho lentamente, com um olhar ligeiramente desapontado.

"Penny, você viu ele se aproximando agora há pouco, certo?"

Patrícia Ribeiro não respondeu.

Miguel Carvalho apontou para uma colher ereta ao lado, que refletia as pessoas que se aproximavam de longe; ela com certeza tinha visto.

Então, era realmente para beijar.

Era para ver a reação de Rafael Souza?

"Se eu não tivesse te impedido, você realmente teria beijado?"

"Talvez?"

Miguel Carvalho ficou em silêncio, arrependendo-se de ter interrompido. Ele deveria ter beijado ela na frente de Rafael Souza.

Mas, claramente, perdeu a oportunidade perfeita.

Ele esvaziou seu copo de vinho de uma só vez.

Patrícia Ribeiro olhou para ele com um olhar de desculpas, "Desculpa."

Miguel Carvalho sorriu amargamente.

Quando foi que ele se tornou uma ferramenta para alguém testar os sentimentos de um homem?

"Prometo que, depois da nossa colaboração, você pintará dois quadros para mim, não é pedir muito, certo?"

"De maneira nenhuama, Presidente Carvalho, obrigada."

"Não se apresse em aceitar. Quando digo para pintar, é porque eu decido o que você pinta e onde será."

Então ele viu Patrícia Ribeiro saindo sozinha, prestes a entrar no carro.

Ele riu friamente e enviou uma mensagem.

[Venha aqui.]

Temeu que ela não soubesse onde ele estava e tocou a buzina duas vezes.

O local onde estacionou estava iluminado por uma luz fraca, mas os faróis do carro piscaram, destacando-se na escuridão.

Patrícia Ribeiro viu e hesitou por um minuto antes de caminhar lentamente em sua direção.

Ela viu o homem, de pé com indiferença ao lado do carro, tão distinto, com um nariz reto e frio que impedia as pessoas de se aproximarem, até seus lábios finos esboçavam um frio desprezo.

Mas os botões de sua gola estavam abertos, revelando a clavícula, e a postura indiferente também carregava um ar de despreocupação.

"Presidente Souza."

Ela o chamou docilmente.

Foi só nesse momento que Rafael Souza percebeu que ela não era tão dócil quanto parecia; os espinhos nela eram suaves.

Quando não a provocavam, as palavras ficavam adormecidas.

Mas se ela se sentia desconfortável, os espinhos se tornavam afiados prontos para espetar.

Assim como agora, ela o olhava com uma expressão que escondia um toque de indiferença.

Como se as últimas noites não tivessem deixado nenhuma marca no coração dela.

Talvez o marido, ou mesmo Miguel Carvalho, o playboy, fossem mais importantes para ela do que ele.