Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 593

Patrícia Ribeiro estava exausta, trocou de sapatos no hall de entrada e então quis se dirigir ao quarto.

Seus olhos ainda estavam inchados, e ela caminhava de forma um pouco desajeitada.

Rafael Souza a observava, levantou-se e disse, "Penny."

Patrícia Ribeiro simplesmente não tinha energia para lidar com ele, entrou em seu quarto e se deitou na cama.

Rafael Souza a seguiu, mas parou na porta, vendo-a imóvel.

Ele se aproximou, hesitou por um minuto antes de devagar erguer a mão para acariciar sua cabeça.

Seus cabelos ainda não haviam crescido, agora estavam soltos, com uma mão agarrando firmemente o lençol.

Ele não se arrependia de tê-la tratado assim. Se fosse outra pessoa, que quase o fizesse perder a vida, ele não daria a chance de se explicar, e essa pessoa desapareceria sem deixar rastros.

Mas tudo que ele fez foi fazê-la sofrer na cama por dois dias.

Ele sentou-se ao lado dela, com uma mão gentilmente batendo em suas costas.

As lágrimas de Patrícia Ribeiro continuavam a cair silenciosamente, enquanto ela o ouvia dizer: "O remédio que você me deu naquele dia me causou uma grave alergia, tive que ser salvo durante a noite toda."

Ela se enrijeceu como se tivesse sido congelada.

"Desculpe..."

Ela não sabia que ele era alérgico ao medicamento.

Ao ouvir o pedido de desculpas dela, a última sombra de ressentimento no coração de Rafael Souza desapareceu.

"Se fosse outra pessoa a fazer isso comigo, eu faria de tudo para me vingar."

Patrícia Ribeiro não falava mais, apenas sentia ele se aproximar lentamente, sussurrando em seu ouvido.

"Você se sentiu muito mal hoje, não é?"

Ela se enrijeceu, um olhar de incredulidade passou por seus olhos. Ele já sabia?

Mas o hospital era muito reservado, e ele estava usando a dor de uma mulher para zombar dela?

Ela mordeu o lábio com força, tremendo toda.

A voz de Rafael Souza ficou mais suave, "O homem desses últimos dois dias fui eu."

Ao ouvir isso, Patrícia Ribeiro olhou para ele.

Seus olhos estavam severamente inchados, com marcas de lágrimas no rosto.

Primeiro choque, depois surpresa, e finalmente tudo se transformou em raiva.

"Rafael Souza!"

Ela saltou da cama, mas foi imediatamente empurrada de volta.

Essa foi a primeira vez que ela gritou seu nome, chorando copiosamente.

Rafael Souza segurou seu pescoço, impedindo-a de se levantar.

"Você quase me matou, e eu não posso me vingar?"

Patrícia Ribeiro tremia toda, desejando poder morder um pedaço dele, as lágrimas caindo ainda mais.

"Cassio disse que se tivessem me levado meia hora mais tarde, teria sido tarde demais. Penny, você é muito mais cruel do que eu, eu nunca pensei em tirar sua vida."

Ele estendeu o dedo, enxugando as lágrimas de seu rosto.

Seu rosto era pequeno, seus olhos inchados como os de um peixe dourado, parecendo um pouco patética.

Rafael Souza riu de nervoso, respirando fundo.

"Eu quase morri por sua causa, e só te castiguei por duas noites, agora estou dizendo que quero o divórcio, e você não entende o que eu quero dizer?"

Seus lábios estavam secos, desde que acordou, foi ao hospital, e então voltou para casa, seu coração estava despedaçado.

Só agora começou a se sentir um pouco melhor, mas depois de chorar por dois dias, a hidratação do seu corpo havia sido drenada pelas lágrimas, e seus lábios já estavam começando a descascar.

Rafael Souza levantou-se, foi até a cozinha e voltou com um copo d'água, colocando-o próximo aos seus lábios.

Ela bebeu dois goles, apoiada em sua mão.

Ouvindo-o dizer: "Você também se divorcia, e então podemos tentar."

"Cof cof cof."

Patrícia Ribeiro engasgou, sentindo um desconforto na garganta, empurrou o copo para longe, tossiu por um tempo, e só então, com um certo receio, se moveu para o outro lado da cama.

"Presidente Souza, pare de brincar."

Rafael Souza estreitou os olhos, percebendo que em seu rosto não surgia nenhuma emoção de surpresa ou de se sentir lisonjeada.

Naquele momento, ele entendeu profundamente que, quando ela disse a Eduardo Nunes que nunca havia se sentido atraída, era sério.

Além disso, se ela tivesse se sentido minimamente atraída por ele, não teria lhe dado aquele tipo de remédio, nem teria chamado Renata Andrade para o camarote.

Todas as suas ações claramente mostravam que ela não gostava dele.

Ele levantou a mão para colocar uma mecha de cabelo que caía sobre seu ouvido para trás, mas viu ela se esquivar, um lampejo de medo passando por seus olhos.

Esse gesto de Patrícia Ribeiro foi instintivo, especialmente após saber que o homem dos últimos dois dias era ele, ela desenvolveu um certo medo dele de dentro do coração.

Ele era tão determinado e frio, como um lobo selvagem ainda não domesticado.