Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 646

Rafael Souza pegou os analgésicos e foi até a cozinha buscar um copo d'água. Ao virar-se, viu Patrícia Ribeiro apoiada no sofá, completamente debilitada, e por um instante, imagens vagas cruzaram sua mente, embora não conseguisse lembrar-se exatamente do que eram.

"Vamos, tome isso."

Ele forçou o comprimido em sua boca, mas Patrícia, consumida pela dor, mal tinha consciência do que acontecia, e com um leve toque da língua, cuspiu o medicamento.

Rafael franziu a testa, sem muita paciência, pressionou o comprimido com a ponta dos dedos, empurrando-o goela abaixo.

Ela tentou vomitar enquanto ele retirava os dedos de sua boca e, então, cobriu-a com firmeza para impedir.

Patrícia olhou para ele, o suor cobrindo sua testa pálida.

Rafael, com os olhos baixos, notou que seus dedos, ainda úmidos de sua saliva, tinham tocado sua boca. Surpreendentemente, sua habitual aversão a germes não se manifestou, até achou a cena um tanto provocante.

Rapidamente, soltou sua mão, sem conseguir lembrar como suas vidas se entrelaçaram anteriormente.

Ele pegou o copo d'água e a forçou a beber.

Patrícia quase se engasgou, tossiu vigorosamente e tentou vomitar novamente, mas não conseguiu expelir nada.

Rafael ligou o ar-condicionado e trouxe um cobertor para ela.

Cuidar de alguém não era algo que lhe agradava, especialmente considerando que esta mulher poderia ter tido algo com ele no passado, o que o deixava irritado.

Por alguma razão, seu subconsciente lhe dizia que não era do tipo que se envolvia facilmente com mulheres.

Nos últimos dias, sentia um impulso incontrolável de agressividade. Uma rápida pesquisa sobre a família Souza revelou a origem dos que o perseguiam.

Sua amnésia expôs as verdadeiras faces de todos, mas isso não o entristecia; parece que nunca sentiu verdadeira afetividade na família Souza.

Sentou-se ao lado, pegou seu laptop e, ignorando Patrícia, que ainda estava nauseada ao seu lado, continuou a trabalhar.

Depois de um tempo, as roupas de Patrícia estavam molhadas.

Ele tinha sido tão bruto ao dar-lhe água, e agora ela só sentia frio, além de estar desarrumada por causa de sua menstruação, sentindo-se desconfortavelmente pegajosa.

"Presidente Souza, tem algum absorvente?"

Ela tentou se confortar, agarrando uma almofada, na esperança de aliviar a dor.

Rafael parou de digitar de repente, "O quê?"

"Absorvente."

Sua voz estava rouca, e ela escondeu o rosto na almofada, tremendo levemente.

Rafael, impaciente, ligou para Rui, que não atendeu.

Quando ela segurou a ponta de sua roupa, sua voz fraca mal podia ser ouvida.

A dor era tão intensa que Patrícia mal conseguia pensar, sentindo como se algo dentro dela estivesse se contorcendo.

"Qualquer coisa serve, Presidente Souza, escolha qualquer uma."

As sobrancelhas de Rafael Souza franziram novamente, ele pegou aleatoriamente o pacote mais próximo.

No entanto, nesse momento, um vendedor se aproximou, vendo um homem atraente parado em frente ao corredor de absorventes, seus olhos brilharam com admiração, e então rapidamente perguntou, "Olá, posso ajudá-lo?"

A expressão de Rafael Souza azedou.

Ao ver que ele pegou um protetor diário, o vendedor rapidamente explicou, "Só isso pode não ser suficiente, depende do fluxo menstrual da sua namorada. Quantos pacotes ela pediu para você comprar?"

Rafael Souza, que tinha vivido por vinte e quatro anos, sentiu-se envergonhado pela primeira vez.

O vendedor pegou um pacote para uso noturno e outro para uso diurno, "Senhor, recomendo também estas calcinhas absorventes."

Ele nem sabia o que eram calcinhas absorventes, mas acabou pegando alguns pacotes e foi ao caixa pagar.

O vendedor começou a oferecer outro produto, "Talvez queira levar também este chá de gengibre com açúcar mascavo? Se ela estiver com cólicas, pode preparar para ela."

Sem hesitar, ele comprou alguns pacotes também.

Voltando ao quarto com uma sacola cheia, ele viu Patrícia Ribeiro deitada de lado, sem saber se ela havia desmaiado ou adormecido.