Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 671

Antônia Melo vomitou duas vezes, fazendo com que Rubens Prado ficasse totalmente desgostoso.

“Aquele roteiro, se for reescrito mais uma vez e a Penny ainda não ficar satisfeita, esquece. Daqui pra frente, melhor manter distância dela.”

“Entendido, entendido, Prof. Rubens, eu imploro...”

Rubens Prado começou a ajustar seu cinto, exalando um cheiro típico de pessoa idosa.

Antônia Melo tremia por inteira, só esperou ele sair para se ajoelhar no chão e vomitar novamente.

Ao se arrumar para sair, ela se deparou com Patrícia Ribeiro, que havia retornado.

E estava bem na porta do escritório.

Antônia Melo se assustou e deu um passo para trás.

Patrícia Ribeiro notou que a cor dela estava ainda mais pálida do que antes.

Ela havia saído há apenas uns quinze minutos.

“Senhorita Penny...”

A voz de Antônia Melo tremia, enquanto Patrícia Ribeiro tirava um lenço de papel, oferecendo a ela.

Antônia Melo não teve coragem de pegar.

Então, Patrícia Ribeiro apenas apontou para dentro, dizendo: “Esqueci meu celular.”

Ela deu espaço para Patrícia Ribeiro entrar.

O interior estava limpo, e ela mesma havia se lavado um pouco, de modo que não havia sinais do ocorrido.

Patrícia Ribeiro pegou o celular que estava sobre a cadeira, no modo de gravação.

Mas ela ainda não havia escutado o conteúdo, e o celular estava escondido na fresta da cadeira, de modo que Rubens Prado não o encontrou.

O próprio celular de Antônia Melo era um modelo antigo; sempre que encontrava Rubens Prado, tinha que entregá-lo a ele, tornando impossível gravar qualquer coisa.

Então, ao ver o celular de Patrícia Ribeiro no modo de gravação, suas pernas fraquejaram, quase a fazendo cair.

Ela finalmente entendeu que Patrícia Ribeiro havia deixado seu celular ali de propósito.

No segundo seguinte, Antônia Melo se ajoelhou, tremendo como se estivesse peneirando.

“Senhorita Penny, eu imploro, por favor, não escute... por favor...”

Patrícia Ribeiro, ao vê-la assim, franziu a testa, olhou ao redor para se certificar de que não havia câmeras e de que Rubens Prado não retornaria, antes de ajudar Antônia Melo a se levantar.

Ela levou Antônia Melo para um lugar tranquilo, fechou a porta do escritório e encontrou um espaço silencioso.

“Se você não quer que eu escute, eu não vou escutar. Mas pense bem, essa é a vida que você quer?”

Antônia Melo baixou os cílios.

"Eu faço uma transferência para você."

"Não precisa, me dê cem que está bom, o restante eu coloco no correio e devolvo para você."

Patrícia Ribeiro imediatamente tirou quinhentos em dinheiro da sua bolsa.

Antônia Melo, porém, só aceitou cem, com um olhar hesitante.

"Quando eu voltar da escola à noite, envio os roteiros para você. Podemos conversar sobre o preço depois, eu escondi esses roteiros, não quero que ninguém saiba."

Até mesmo os pais dela não sabiam.

Sr. Melo confiava muito em Rubens Prado; sempre que Antônia Melo escrevia algum roteiro, Sr. Melo fazia questão de mostrar para Rubens Prado, pedindo sua orientação.

Mas essa "orientação", na verdade, era apenas uma desculpa para tomar para si os trabalhos de Antônia Melo, apropriando-se deles com seu próprio nome.

Antônia Melo já havia pedido ao seu pai para não compartilhar mais seus trabalhos com os outros, mas Sr. Melo simplesmente ignorava, achando que ela estava apenas fazendo birra.

"Antônia, o Prof. Rubens é tão respeitado; se ele está disposto a te orientar, você deveria ser extremamente grata. Toda vez que eu ligo para ele, ele atende rapidamente. Se não fosse por gostar de você, por que ele gastaria seu tempo falando comigo? Um bom professor é muito importante, você não deve ser teimosa. Se você escreveu algo, deve deixá-lo ver."

Antônia Melo não tinha privacidade em casa, nem podia trancar a porta do seu quarto; seus pais entravam quando queriam.

Assim, tudo o que ela criava em casa acabava sendo compartilhado por Sr. Melo com Rubens Prado.

Antônia Melo já havia tentado resistir, mas isso apenas resultava em ser acusada de desobediência e falta de respeito.