Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 761

"Valentina disse que naquela ocasião os sequestradores estavam de olho nela e na Patrícia Ribeiro, mas a Patrícia Ribeiro a deixou sozinha lá e foi se esconder, por isso ela foi... Enfim, isso se tornou um trauma para Valentina. Mesmo que o pai prefira a Patrícia Ribeiro, ela é, no fim das contas, uma estranha. Se ela não vier a público explicar-se, acredito que Valentina continuará chorando."

"Vou ver como ela está."

Wagner Souza havia prometido se isolar, mas problemas continuavam surgindo um atrás do outro.

Ele apressou-se e foi com Sofia Souza até o lugar onde Valentina Souza estava morando agora.

Como esperado, assim que abriram a porta da sala, ouviram o choro de Valentina Souza.

Ela repetia incessantemente: "É tudo culpa da Patrícia Ribeiro. Se não fosse por ela, nada disso teria acontecido. A Patrícia Ribeiro fez de propósito, porque meu primo a ignorou por três anos, então ela descontou em mim."

"Eu não quero mais viver, de verdade."

Nos dias em que esteve no hospital, Valentina Souza pensou que ao jogar a culpa em Patrícia Ribeiro, ela se sentiria melhor.

No entanto, bastava fechar os olhos para a imagem daquele homem repugnante surgir, fazendo-a querer vomitar.

Então, ela percebeu que não bastava colocar a culpa em Patrícia Ribeiro; era necessário que Patrícia Ribeiro fosse completamente afastada.

Era um pensamento absurdo, mas era o que Valentina Souza acreditava naquele momento.

Ela odiava Patrícia Ribeiro e não podia permitir que ela ficasse com seu primo.

Só se eles se separassem, ela se sentiria aliviada.

Ao ver Wagner Souza entrar, Valentina Souza chorou ainda mais alto.

"Vovô, buá buá buá."

Wagner Souza ficou com dor de cabeça com tanto choro, mas pensando no que a menina havia passado, suspirou.

"Você disse que isso tem a ver com a Patrícia, que ela também estava naquele prédio no momento?"

Valentina Souza assentiu, com os olhos tão inchados que mal podia ver.

"Vovô, estou me sentindo tão mal, não consigo nem dormir. Eu só queria um pedido de desculpas da Patrícia Ribeiro. Eu sei que você gosta dela, mas se você não concordar, eu vou me tornar uma freira. Afinal, estou suja agora, ninguém vai me querer."

"Absurdo!"

Vovô Souza bateu forte com sua bengala, tremendo de raiva.

"Em que época estamos vivendo para você pensar que está suja?! Isso é o que você aprendeu na UCapital?!"

"O que eu devo fazer então... Eu entendo a lógica, mas tenho apenas dezenove anos."

Wagner Souza suspirou e passou a mão na cabeça dela.

"Conta direito, como foi que a Patrícia agiu contigo naquele dia?"

Então, Valentina Souza repetiu a história que já havia preparado, basicamente acusando Patrícia Ribeiro de abandoná-la.

Vovô Souza, sem conhecer a verdade dos fatos naquele momento, pareceu que teria de chamar a outra parte envolvida para confrontá-la.

Ele levantou a mão, massageando as têmporas.

Com os cílios baixos, Patrícia soube que Marlon se encontraria com Leandro Prudente da EterniSol Imóveis para beber, e Leandro certamente levaria sua única filha, Raquel Prudente.

Leandro Prudente, já de idade, pensava em preparar Raquel para o futuro.

Às sete da noite, Patrícia chegou primeiro ao hotel.

Ela subornou um dos garçons para assumir a entrega de um carrinho ao camarote de Marlon Souza.

Com cabelos curtos na altura dos ombros e um chapéu, ela vestia o uniforme de garçonete e usava luvas brancas.

Ao entrar no elevador e se preparar para apertar o botão de fechar as portas, viu Rafael Souza e Tiago Rezende, acompanhados por outros, entrando.

Patrícia, assustada, apertou o carrinho com força e baixou a cabeça rapidamente.

Depois de entrarem, Tiago Rezende falou:

"O sujeito que pegamos da última vez se suicidou. Investiguei sobre a tatuagem de água-viva, pertence a um grupo de assassinos internacionais chamado bk."

Ao chegar ao andar selecionado por Patrícia, ela apressou-se em abrir caminho com o carrinho, abaixando a voz propositalmente.

"Com licença, por favor."

Rafael Souza deu espaço, observando a garçonete empurrar o carrinho para longe.

Quando as portas do elevador estavam quase se fechando, Rafael Souza colocou a mão para impedir, olhando para a figura da garçonete e então perguntou a Tiago Rezende.

"Ela pensa que não a reconhecemos, não é?"