Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 811

Rafael Souza estava parado na porta, envolto apenas em uma toalha de banho, recebendo a lista que ela lhe entregava.

A brisa fresca do lado de fora soprava, mas ele não sentia frio; ao contrário, parecia dissipar o calor de seu corpo.

Os duzentos mil reais da lista mal valiam a pena ele dedicar sua atenção, mas naquele momento ele lia com cuidado, palavra por palavra.

Patrícia Ribeiro estava claramente impaciente, “Melhor levar isso para o departamento financeiro conferir, não precisa o Presidente Souza se preocupar com essa quantia.”

“Duzentos mil também é dinheiro.”

Seus olhos eram profundos e tranquilos, ele não levantou a cabeça para olhá-la, temendo que ela percebesse algo.

O vento que passava era forte, fazendo Patrícia Ribeiro espirrar de frio.

Ele se virou de lado, “Quer entrar?”

“Não precisa.”

A recusa veio sem piedade, seguida da pressa, “Vou voltar para o meu quarto. Se encontrar algum erro, me liga, eu já confirmei com o Presidente Mendes, não deve ter problema.”

“Patrícia Ribeiro.”

Ele não conseguiu resistir e a chamou.

Ela se virou para olhá-lo.

Ele era alto, parado na porta com uma postura ereta, seu rosto tinha linhas suaves, mas afiadas, transmitindo uma atmosfera de frieza e distanciamento.

Mas quem poderia imaginar o que ele acabara de fazer?

“Algum problema, Presidente Souza?”

Rafael Souza já tinha visto a impaciência nos olhos dela, sentindo-se momentaneamente desamparado.

“Só queria conversar mais um pouco, mandei Valentina Souza para o sanatório.”

Mas a resposta foi a silhueta de Patrícia Ribeiro se afastando, e até o som da porta se fechando com um estalo.

Se não soubesse que ela estava ali há momentos atrás, poderia pensar que tinha sido uma alucinação.

Ela era inabalável.

Se soubesse que ele havia seguido ela discretamente até ali, não ficaria tocada, mas sim, irritada.

O corpo de Patrícia Ribeiro era o mais sincero do mundo; ele poderia dominá-la com força bruta, fazendo-a derreter sob ele.

Mas, no exato momento em que abriu a porta, a porta ao lado também se abriu.

Imediatamente, seu rosto se fechou, com a sensação de que Rafael Souza havia passado a noite em claro, esperando por sua saída.

Ela apressou o passo, sem olhar para ele, e foi direto para o carro estacionado na entrada do Hotel Corenciano, pisando fundo no acelerador assim que entrou.

Antes de partir, ela levou a caixa para a casa do tio.

A fita de isolamento na sua casa foi reforçada, ela usou a chave para entrar, colocando a caixa sobre a mesa.

Provavelmente, ninguém mais visitaria aquele quarto.

Depois de trancar a porta, ela voltou ao carro.

Ela dirigiu diretamente para a rodovia desta vez, mas observando pelo retrovisor, viu que o carro atrás era de Rafael Souza.

Uma ansiedade indescritível se espalhou instantaneamente. Subconscientemente, ela sentia que esse homem estava realmente a seguindo.

Mas ela não tinha provas, e Rafael Souza certamente não admitiria.

Que sensação terrível!