Reencontro e Ressurgimento: A História de Luara Nunes romance Capítulo 932

Ela certamente não poderia se arriscar indo a uma clínica clandestina para fazer um aborto, seria perigoso demais. Então, ela teria que viajar para outro estado para interromper a gravidez?

Ou talvez, num fim de noite, sair dirigindo sozinha para um estado vizinho e fazer o procedimento em segredo?

Luara Nunes reconhecia que, embora a ideia parecesse boa, era muito difícil de executar.

Primeiro, se ela saísse dirigindo para fora do estado, Isaque Silva perceberia?

Depois, mesmo que conseguisse chegar a outro estado, como escolheria um hospital para o procedimento? Daria para confiar em qualquer hospital?

Ela não conhecia quase nada sobre outros lugares; seria inevitável correr riscos.

Além disso, precisava acompanhar a equipe de filmagem, e não tinha tanto tempo livre assim. Por mais que a ideia parecesse viável, na prática era quase impossível de colocar em ação.

Então, talvez pudesse pedir ajuda a Sebastião Silva?

Sebastião Silva sempre fora carinhoso com ela; será que, se pedisse ajuda, ele a apoiaria?

Luara Nunes pensou um pouco e logo descartou essa alternativa.

Por mais que Sebastião Silva tivesse carinho por ela, dentro dela estava o bisneto dele.

Pedir que ele a ajudasse a interromper a gestação do próprio bisneto... mesmo que não fossem tão próximos, ela não teria coragem de fazer esse pedido. Esse caminho também estava fechado.

Luara Nunes suspirou. O que ela deveria fazer? Sentia-se completamente perdida.

No meio de pensamentos confusos, alguém bateu à porta. Ela já estava cansada de ficar sentada e decidiu se levantar para se mexer um pouco, caminhando até a porta.

Ao abrir, viu que quem estava do outro lado era Isaque Silva. Por um instante, Luara Nunes ficou surpresa e franziu a testa, de forma quase automática:

— Diretor Isaque, o senhor precisa de alguma coisa?

Assim que a porta se abriu, Isaque Silva ficou observando atentamente o rosto de Luara Nunes. Ao perceber que ela mudou de expressão ao vê-lo, demonstrando claramente que não queria sua presença, ele também ficou com o semblante sombrio.

— Vim lhe trazer umas coisas — disse ele, erguendo as sacolas que trazia nas mãos.

Luara Nunes olhou para baixo. Isaque Silva segurava algumas sacolas de papel e uma pasta executiva.

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