Reivindicada Pelo Alfa Implacável romance Capítulo 4

Acordei naquela manhã com uma sensação incomum de alívio. Dessa vez, não fui despertada pelos berros incessantes de Aria ou pelas demandas matutinas da minha mãe. Milagrosamente, não fui perturbada pelos pesadelos ansiosos que normalmente assombravam minhas noites. Era como se o universo me desse uma folga à luz do Baile da Lua que eu deveria atender aquela noite.

Mas o pensamento do Baile da Lua rapidamente extinguiu minha tranquilidade fugaz. Uma sensação de temor tomou conta do meu estômago, tornando difícil respirar profundamente. Não conseguia identificar a fonte exata da minha ansiedade, mas era indiscutível que tinha tudo a ver com este evento temido. Agarrei a barra da minha camiseta gigante, desejando desesperadamente poder apenas dormir o dia inteiro e evitar o baile.

Se fosse apenas a nossa matilha participando, o baile seria um evento administrável. Sabia que nenhum dos machos não acasalados na minha matilha eram potenciais companheiros, então não teria sido um grande problema. No entanto, o baile contaria com a presença de todas as matilhas da América. O pensamento de meu companheiro estar entre eles aumentou minha ansiedade. Apertei os olhos, desejando escapar da realidade, mas isso não funcionou. Forcei-me a sair da cama e arrastei-me escada abaixo, atraída pelo cheiro do café da manhã.

Cheguei à sala de jantar bem quando uma conversa se desenvolvia entre meu pai e Valen. Aria e Astrid já estavam sentadas, ouvindo com atenção absoluto.

“Então, todas as matilhas estarão aqui esta noite?” A voz de Aria estava cheia de admiração ao passo que nervosamente torcia uma mecha de seu cabelo loiro encaracolado. Seus olhos azuis percorriam o ambiente, procurando reassuramento em nossos rostos.

“Sim, todas elas. A maioria já chegou. O Alpha Ragnar solicitou que eles mantivessem distância até o baile”, meu pai confirmou, lançando um olhar para minha mãe, que estava colocando pratos na mesa. O aroma de frango assado, alho e batatas pairava pela sala, me distraindo brevemente da conversa.

“E quanto à matilha da Lua Prata?” Aria sussurrou, quebrando o silêncio desconfortável. Instantaneamente, a sala ficou em silêncio e o rosto do meu pai empalideceu. Minha mãe parou na entrada da sala, a comida em suas mãos esquecida.

A matilha da Lua Prata era um tema de medo e admiração, falado em tons baixos. Eu me endireitei na minha cadeira, tentando manter uma expressão neutra, embora meus olhos revelassem o mesmo medo que todos os outros. A matilha da Lua Prata tinha a reputação de ser incomparável em força e implacável.

“Eles são reais?” A voz de Aria tremia. Ninguém que eu conhecia já os tinha visto, nem o seu Alpha. A matilha da Lua Prata era quase um mito, usado para assustar jovens lobos e forçar um bom comportamento.

“Oh, eles são reais. E são tão temíveis quanto os rumores sugerem”, disse meu pai gravemente, olhando nos olhos da minha mãe, que parecia compartilhar seu silêncio trêmulo.

“Mas como sabemos que eles estão vindo?” A voz de Valen era firme, embora tingida de dúvida.

“Muitos os encontraram, e a maioria desses encontros não terminou bem. O Alpha Ragnar se encontrou com Alpha Dominic Grimstone uma vez, e deixou uma impressão duradoura “, disse meu pai, estremecendo com a lembrança. Eu nunca tinha visto meu pai tão perturbado.

“Eles estão vindo esta noite, não estão?” A voz de Aria estava entrelaçada com pânico. Senti um arrepio correr pela minha espinha ao pensar em compartilhar o mesmo espaço com a matilha da Lua Prata. As histórias que eu ouvi de sua brutalidade repassavam em minha mente, fazendo-me estremecer.

“Sim, eles estarão presentes”, confirmou meu pai, o rosto brilhando de suor.

“Mas nós não podemos ir!” Aria arfou em horror.

"Temos que ir. Não podemos correr o risco de envergonhar a alcateia," a voz da minha mãe era firme, embora o medo brilhasse em seus olhos. "Vocês dois precisam comparecer. Vocês já têm idade suficiente para conhecer seus companheiros, e não podemos perder essa chance. Só mantenham-se longe da alcatéia Lua de Prata."

Com isso, a conversa estava efetivamente encerrada. Comemos em silêncio, a gravidade da noite pesando muito em nós. Eu peguei o olhar ansioso da Aria e compartilhamos um olhar de pavor compartilhado. Parecia que nós estávamos sendo enviados para uma toca de lobos, sem maneira de evitar o perigo. Meu estômago revirava, e fiquei aliviada quando uma batida na porta quebrou a tensão.

"Eu atendo!" O tom alegre de minha mãe era forçado. Assistimos ela abrir a porta, revelando o sorriso radiante da Raven. Sua atitude alegre cortou o peso do momento, e ela imediatamente percebeu a tensão.

"Vamos lá em cima e começar a fazer a sua maquiagem! Eu preparei muita coisa,” Raven disse com um sorriso maroto, puxando-me.

"Divirtam-se, meninas!" minha mãe chamou, sua alegria forçada traindo sua preocupação. Enquanto Raven e eu subíamos as escadas, eu podia ouvir a preocupação subjacente em sua voz.

"Do que se trata tudo isso?" Raven perguntou dramaticamente, apontando para a porta do meu quarto enquanto ela despejava os suprimentos de maquiagem na minha cama. A ansiedade dela era palpável enquanto ela selecionava seus produtos.

"A Alcateia Lua de Prata está vindo para o baile esta noite," eu disse, minha voz firme apesar do arrepio de medo que percorria meu corpo. Os olhos da Raven se arregalaram de descrença ao processar a notícia.

"Eles estão vindo?" A voz da Raven estava tingida de descrença enquanto ela passava a mão pelos cabelos, um raro sinal de seu próprio nervosismo. Ela buscou no meu rosto qualquer indício de brincadeira, mas não encontrou nenhum.

"O que nós fazemos?" A voz da Raven era incerta.

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