Rejeitada, mas presa pelo Rei Alfa romance Capítulo 2

POV: Patrick

-Afasta-te de mim!

Eu olhava para a distância na torre de vigilância da Casa da Alcateia. Era lá que os guardas patrulhavam para monitorar as fronteiras, permitindo uma visão de todos os limites da Alcateia do Espinho Negro, incluindo a Floresta das Sombras.

Não conseguia dizer há quanto tempo estava ali parado. Observava enquanto a mulher ao longe continuava a chutar e afastar os Renegados que se aproximavam dela, mas eles continuavam a atacar implacavelmente.

Apesar da sua estatura pequena, ela lutava como uma tigresa. Nenhum renegado conseguia chegar perto dela. Ela era a filha do Alfa e mantinha a sua honra. Um após o outro, eles eram nocauteados por ela.

-Alfa Patrick, trouxe Gloria para a Floresta das Sombras conforme as suas ordens.

Meu Beta Damon voltou e ficou em silêncio ao meu lado enquanto ambos observávamos a batalha em curso ao longe.

-O Alfa da Alcateia da Primavera de Prata deseja falar contigo.

Eu abanei o meu copo. Ao ouvir as palavras de Damon, desviei o olhar de Gloria.

-Informa o Alfa da Alcateia da Primavera de Prata que ele deve escolher entre Gloria e a sua alcateia. Se ele quer a sua alcateia intacta, então a sua filha Gloria deve sair.

-Sim.

-Então, diz à universidade de lobisomens para cancelar o diploma de Gloria. Assim, ela não poderá arranjar um emprego decente na sociedade humana. Ela será empregada apenas com um diploma do ensino secundário.

-Sim.

-E,- olhei para o meu copo, -envia-a para a prisão de lobisomens.

Damon ficou chocado com as minhas palavras. Ele levantou a cabeça e disse, -Alfa Patrick?

-Ela matou a nossa rapariga, por isso vou enviá-la para a prisão de lobisomens por três anos. Beta Damon, não concordas comigo?

Decidi enviar Gloria para a prisão por três anos. Ela não tinha o direito de aspirar a ser a minha Luna, quanto mais prejudicar a mulher que eu amava.

Embora as provas atuais não fossem suficientes para provar a culpa de Gloria, acreditava que ela era a responsável pela morte de Gabrielle.

Ela merecia morrer de qualquer perspectiva. Era apenas que o meu lobo estava constantemente a uivar na minha mente, pedindo para não prejudicar a sua companheira.

Caso contrário, eu próprio a mataria.

-Não, Alfa Patrick, fizeste a coisa certa. Obrigado.- Os olhos de Damon ficaram subitamente vermelhos, e ele começou a chorar.

-Se não fosses tu, Gloria não teria sido punida pelo que fez a Gabrielle. Ela era de outra alcateia, por isso não podia fazer nada em relação a ela.

Virei-me para a janela.

Gloria parecia ter perdido a maior parte da sua força, o seu corpo balançava, e eu podia sentir claramente a sua crescente fraqueza.

Enquanto observava um Renegado agarrar-lhe a mão e outro aproximar-se dela por trás, senti uma sensação sufocante, e o meu lobo começou a inquietar-se.

-Salva-a! Ela é a nossa companheira!- O meu lobo uivou alto na minha mente, tentando incessantemente apoderar-se do meu corpo para salvar Gloria.

No entanto, ao testemunhar as suas pernas serem forçadas a separar-se por dois Renegados, o meu olhar escureceu.

-Não... não é assim...- Gloria tentou abrir a boca para gritar, mas acabou por sufocar com o próprio sangue.

Segurei-a pelos ombros. Os meus dedos enterraram-se na sua carne como duas grandes braçadeiras.

-Agora está presa por mim. Diga-me, senhorita Carter. O que acha que devo fazer com você?

Tocar no seu corpo era quase como atear fogo a mim mesmo. Não conseguia controlar-me, maldito vínculo!

Como inundações a destruir a barragem, como chuva a cair no chão. Ninguém conseguia cortar a ligação entre dois lobisomens acasalados.

Gloria levantou a cabeça, sem saber o que aconteceria a seguir. Inclinei-me para a frente com a minha mão deslizou até o fundo e agarrou-a.

-É mesmo uma vadia, não é?- Disse. -Gosta disto, não gosta?

-Por favor, não... Não me faça isto...- Ela gemeu envergonhada.

-O teu corpo conta uma história diferente.- Disse com uma voz fria. -Quer isto. Quer isto tanto que preferiu matar uma inocente.

Apertei com tanta força que ela gritou de dor.

-Repugnante.- Olhei nos olhos dela e disse palavra por palavra. -Devia ter sido você.

Quando ouviu essas palavras, ela olhou para mim bruscamente com o semblante em choque.

-Quem devia ter sido morta era você, Gloria Carter.