Renascendo em Liberdade: A Reviravolta de Luciana Serra romance Capítulo 25

Norberto Passos ouviu as palavras e prendeu a respiração por um instante, sentindo o ar ao redor se tornar pesado: "O que exatamente você quer dizer com isso?"

Luciana Serra falou calmamente: "Vamos conversar novamente sobre a guarda das crianças".

O silêncio que se seguiu foi tão profundo que parecia que o tempo havia parado, congelando tudo ao redor.

O homem deu um passo à frente, parando diante dela. Seu rosto atraente estava coberto por uma frieza glacial, e seus olhos profundos fixaram-se nela com uma força intimidadora que deixaria qualquer um aterrorizado.

Luciana, após cinco anos compartilhando uma vida ao lado dele, reconheceu imediatamente o furor contido por trás daquela fachada calma.

Era uma raiva suprimida ao extremo.

Se fosse uma pessoa comum, já teria sido aterrorizada por sua aparência.

O filho de seis anos em seus braços não era exatamente leve, mas Luciana o segurava firmemente, sem dar qualquer indício de que a situação a estava sobrecarregando.

Após refletir sobre a situação, ela olhou para Norberto Passos com uma calma renovada.

"Está muito quente aqui fora, o menino não aguenta. Vamos para dentro conversar."

Com Valter nos braços, e a filha aconchegada nos braços de Patrícia Luz, Luciana se virou e começou a caminhar em direção ao hotel.

Valdir Passos se aproximou e segurou a mão de Norberto Passos, seguindo atrás delas.

Cecília Laureano, em um movimento quase automático, tentou alcançar a outra mão de Valdir, na esperança de reforçar a imagem de uma família unida.

Mas, desta vez, ela foi rejeitada!

Valdir Passos nunca tinha visto Valter Passos chorar tanto assim. Devido à conexão entre os gêmeos, eles sempre foram capazes de sentir as emoções um do outro.

Seu irmão estava... muito triste.

No momento em que Cecília tentou segurar sua mão, Valdir hesitou.

A tensão no rosto de Cecília era visível, e seus dedos apertavam a palma da mão com uma força quase desesperada.

A expressão de Cecília Laureano estava tensa, e seus dedos apertavam a palma da mão com força.

O hotel onde estavam hospedados ficava logo ali, mas a curta distância parecia uma eternidade.

O check-in foi rápido.

A prima Patrícia Luz convidou amigos e familiares, todos de um mesmo círculo em Brasília.

Muitos já haviam visto os gêmeos, muito amados pela família Passos.

Patrícia Luz lhe lançou um olhar tranquilizador.

Sua afilhada era tão adorável, ela não diria a esse homem horrível que ele era o pai da menina.

Ela se aproximou de Luciana Serra, fazendo caretas e sussurrou: "Querida, depois que você recuperar a guarda dos gêmeos, eu poderia também ser a madrinha deles?"

Ela sabia que não podia dar à luz a três crianças de beleza estonteante, mas isso não a impedia de pedir.

Madrinha também é mãe.

Luciana Serra olhou para ela, sem jeito, enquanto Valter Passos, apoiado em seu ombro, também a observava curioso.

O elevador emitiu um "ding".

Luciana Serra tomou a dianteira em direção ao seu quarto, seguida de perto por Patrícia Luz, que carregava as crianças.

Antes de entrar, ela lançou um olhar para Cecília Laureano, que parecia nunca desaparecer.

"Srta. Laureano, isto é algo entre nós, os pais, e as crianças. Não importa até onde você e Norberto Passos tenham ido, não parece apropriado se envolver nisso, certo?"

Cecília Laureano olhou para Norberto Passos com um olhar de tristeza e desamparo.