Renascendo em Liberdade: A Reviravolta de Luciana Serra romance Capítulo 29

Ceci suavizou a voz, olhando diretamente para Norberto Passos, "Norberto, que tal montarmos uma barraca para as crianças também?"

O homem olhava para as crianças, sem ouvir sua fala, e quando viu Naiara Serra abraçando algo maior do que ela, imediatamente franziu a testa.

Com uma agilidade surpreendente, ele se apressou em direção a ela, segurando-a com firmeza antes que ela perdesse o equilíbrio, sua voz carregada de uma preocupação tão profunda que ele próprio não havia ainda compreendido.

Norberto Passos disse: "Você é tão jovem, por que está carregando algo tão grande?"

Naiara Serra sentiu alguém pegar sua gola e, no segundo seguinte, seus pés deixaram o chão.

Como ela começou a voar de repente?

Num misto de surpresa e diversão, ela começou a chutar suas pequenas pernas, olhando para cima com olhos cheios de confusão.

Ah, foi o tio malvado que a "pegou".

Com uma facilidade desconcertante, ele a segurou com uma das mãos enquanto, com a outra, retirava a almofada que ela tanto se esforçava para carregar. Em poucos passos, ele chegou até Luciana Serra.

"Com ela sendo tão pequena, você a deixa carregar coisas. E se ela caísse?"

Luciana Serra, que até então estava finalizando a estrutura da barraca ao lado de Patrícia Luz, virou-se ao ouvir o tom de reprovação na voz de Norberto.

Vendo sua filha nos braços dele e a almofada em sua mão, ela ainda não tinha começado a falar quando ouviu a filha defendendo-a.

Com um gesto espontâneo, Naiara estendeu a mão e, em um ato de puro descontentamento, beliscou a bochecha de Norberto, claramente irritada com a maneira como ele havia falado com sua mãe. "Não fale assim com a mamãe!" protestou a pequena, sua voz repleta de indignação infantil.

Norberto Passos: “......”

Luciana Serra olhou para seus filhos gêmeos, também segurando almofadas, e para sua filha olhando para o homem com os olhos arregalados, achando Norberto Passos um pouco absurdo.

Ela permitia que as crianças carregassem coisas pequenas ou leves, incentivando-as a participar e se sentirem úteis, sem que isso representasse qualquer risco.

Norberto Passos estava apenas procurando uma desculpa para discutir com ela?

Com um suspiro de resignação, Luciana respondeu, "Se está entediado, talvez devesse se ocupar com suas próprias coisas."

A expressão de Norberto Passos escureceu imediatamente.

Antes que a raiva tomasse conta, ele sentiu um toque em seu rosto. Dois pequenos dedos indicadores tocaram nos cantos de sua boca, empurrando para cima.

Naiara Serra demonstrou um sorriso para ele, dizendo seriamente: "Sorria."

A barraca fornecida pelo resort era imponente, quase monumental, dominando o espaço ao redor e destacando-se entre as demais.

Luciana Serra e Patrícia Luz, embora ágeis, não tinham a força dos homens.

Ela estava prestes a recusar, quando viu o homem se agachar.

Com os três filhos observando-o com olhos que misturavam admiração e expectativa, Norberto começou a trabalhar na montagem da barraca. Seus movimentos eram decididos, quase mecânicos, mas havia algo de inesperadamente gracioso na forma como ele lidava com as partes da estrutura. Era como se, em meio àquela tarefa simples, ele estivesse exorcizando algum sentimento interno, buscando refúgio em cada gesto calculado.

Quando percebeu o que tinha feito, a barraca já estava pronta.

Ao ver a barraca montada, Naiara Serra acenou alegremente para Norberto Passos.

Norberto, ainda um pouco desconcertado, agachou-se novamente, desta vez com um ar de curiosidade genuína, inclinado a ouvir o que a pequena queria lhe dizer.

A pequena não economizava no seu sorriso, o rosto infantil repleto de alegria, e agradeceu em voz alta: "Obrigada, tio."

Patrícia Luz deu um joinha para Luciana Serra e disse: "Nossa filha realmente tem um talento nato para persuadir as pessoas."

Luciana Serra apenas torceu a boca sem dizer nada.