Renascendo em Liberdade: A Reviravolta de Luciana Serra romance Capítulo 71

"Conheço Luciana Serra há muitos anos, sei que ela não é uma pessoa irracional. Você deve saber no fundo do coração que se a família Laureano realmente fosse inocente, não teriam sido todos presos de repente."

Cecília Laureano, ao ouvir aquelas palavras que cortavam fundo como lâminas, sentiu uma onda de culpa percorrer-lhe o corpo. Incapaz de encará-lo, ela desviou o olhar e chorou silenciosamente, como se suas lágrimas fossem a única resposta possível.

A música de aniversário vinha do quintal.

Norberto Passos então falou de forma firme, mas não sem uma pitada de compaixão: "Você deve voltar."

Cecília Laureano ergueu os olhos, chocada, as lágrimas ainda penduradas nos cantos dos olhos, refletindo a incredulidade que a atingiu como um golpe Ela sabia que Norberto Passos era um homem nobre e digno, sempre cortês em suas ações.

"Norberto, você não vai me acompanhar de volta?"

Ela havia se arrumado de propósito, tentando despertar a piedade masculina, mas ele, para sua surpresa, sugeriu que ela voltasse sozinha.

O pânico e a insegurança começaram a se formar no coração de Cecília Laureano.

"Hoje é o aniversário de Valter e Valdir, eu devo ficar com eles."

"Então, eu não vou voltar para o hospital. Norberto, deixe-me entrar e celebrar o aniversário dos meninos também. Nos últimos dois anos, eu sempre estive com eles."

Norberto Passos, porém, recusou diretamente, consciente de que, sempre que Cecília aparecia diante de Luciana Serra, as duas acabavam em discussões amargas.

Cecília Laureano insistiu, "Norberto, Valdir gosta muito de mim, ele ficaria mais feliz com a minha presença. Por que você não me deixa entrar e perguntar se ele estava me esperando?"

Enquanto Norberto Passos ainda ponderava, Cecília Laureano correu para a porta.

O segurança, como um guardião feroz, estava na entrada, "Sem a permissão da Srta. Serra, você não pode entrar."

As lágrimas de Cecília Laureano voltaram a brotar, seus olhos cheios de uma tristeza profunda e ressentimento pela rejeição implacável.

"Norberto, eu só queria celebrar o aniversário com os meninos, por que ela não permite isso? O que eu fiz de errado? Eu realmente considerava ela como uma amiga, mesmo agora, eu queria resolver nosso mal-entendido, mas ela, ela..."

"Vou te dizer o porquê."

A voz de Luciana Serra veio de trás de Norberto Passos.

Ela vestia um vestido de seda branca, com seus cabelos cacheados soltos casualmente, e um par de brincos de pérola redondos que iluminavam ainda mais sua pele já clara, exalando uma elegância e nobreza natural.

Luciana Serra, de pé na soleira da porta, observou a performance com um olhar de desprezo, sem qualquer traço de piedade. Ela zombou, "Cecília Laureano, não importa se você se ajoelha ou se prostra, eu não vou te perdoar."

Ela disse claramente na frente de Norberto Passos, "Desde o momento em que você decidiu envenenar meu filho, deveria estar preparada para a minha vingança."

"Cecília Laureano, não provoque uma mãe."

Deixando essas palavras para trás, Luciana Serra não olhou uma vez sequer para Norberto Passos, virou-se e caminhou em direção ao quintal. Ao passar pelo homem, ele agarrou seu pulso.

Cecília Laureano viu a reação dele e seus olhos brilharam.

Será que, contanto que Norberto Passos ainda tenha um pingo de piedade por ela, ela não perderá para a loucura de Luciana Serra?

"Norberto, eu..."

Antes que pudesse terminar, Cecília Laureano desmaiou dramaticamente na porta da casa Serra, seu corpo caindo pesadamente ao chão.

Para tornar a cena mais realista, metade de seu rosto tocou o chão, esfregando e deixando marcas de sangue, uma visão chocante.