Renascendo em Liberdade: A Reviravolta de Luciana Serra romance Capítulo 91

Dirigi sozinha até o Infinity Tower.

O restaurante giratório no topo desse imponente edifício em Brasília é um símbolo de poder e exclusividade, um refúgio para os CEOs das maiores corporações, elites do setor e herdeiros das famílias mais ricas do país.

Quando Luciana Serra chegou, Rafael Domingos já estava lá.

Helena Domingos, a falecida irmã de Rafael, foi uma das poucas pessoas que Luciana permitiu se aproximar durante seus difíceis anos de universidade. Mantiveram contato regularmente.

Antes de sucumbir ao câncer, Helena fez um último pedido a Luciana: que, se um dia Rafael precisasse de ajuda, ela não o abandonasse.

Se seu irmão Rafael precisasse de ajuda no futuro, pediu que Luciana o ajudasse em sua memória.

Rafael também estava ciente deste pedido.

Luciana, ao vê-lo, sentiu uma mistura de tristeza e repulsa, percebendo o quanto ele havia se desviado do caminho que sua irmã, com tanto amor, desejava para ele.

Rafael Domingos parecia abatido, com as bochechas afundadas, claramente não dormia bem há dias. Ao ver Luciana, seu olhar brilhou como se tivesse encontrado sua salvação.

"Luciana, eu imploro! Por favor, me ajude!"

"Eu sei que você tem contatos no Laboratório ZN, por favor, me ajude a salvar alguém..."

Ao mencionar essa pessoa, seus olhos se encheram de remorso e amargura.

Luciana o escutou atentamente, mas sua resposta foi fria e calculada, como uma lâmina afiada cortando a névoa de sua culpa. "Você tem certeza de que a garota que você traiu, que preferiria morrer a ficar ao seu lado, realmente quer acordar?"

Rafael Domingos empalideceu, algo lhe ocorreu, e ele desabou na cadeira, olhando para ela desesperadamente.

"Luciana, eu só quero que ela viva."

Luciana Serra observou o irmão de sua antiga amiga, que sempre falava dele com orgulho, e viu o quão longe ele tinha ido pelo caminho errado.

"Sabendo que ela não suportaria, por que você hesitou no início?"

"Eu..." Rafael Domingos não encontrou palavras.

Mesmo sendo o irmão de sua amiga querida, Luciana Serra manteve uma distância gélida, quase indiferente, enquanto ouvia a história de Rafael. Seus olhos cintilavam com um toque de sarcasmo, misturado a uma desdenhosa frieza. A mágoa de outrora ainda estava ali, palpável.

"Eu vou salvar a pessoa, mas apenas pelo respeito à sua irmã."

Ao ouvir essas palavras, os olhos de Rafael Domingos se acenderam com uma intensidade desesperada, uma mistura de alegria sufocante e gratidão desesperada, como se tivessem finalmente vislumbrado uma esperança há muito perdida.

Ele acenou rapidamente com a cabeça, "Eu entendo, eu entendo, obrigado, Luciana."