“O Ernesto veio te buscar? Eu te levo para casa.” Adriano Salvador pegou a sacola da mão de Joana Azevedo.
Joana acenou com a mão, balançando a chave do carro. “Eu vim de carro.”
Vendo a barriga de Carola Pereira crescer cada vez mais, hoje ela tinha uma consulta médica para o exame de cinco meses de gestação.
O relógio na parede mal passava das seis quando o homem na cama abriu os olhos. Ele tocou a barriga saliente de Carola e sentiu um leve tremor que o surpreendeu por um instante.
Ele sorriu, curvou-se e beijou a barriga que ainda se movia. “Seja bonzinho e não acorde a mamãe.”
Não se sabia se foi a voz gentil de Adriano que fez efeito, mas o pequeno na barriga se acalmou.
Ele se levantou da cama, foi ao banheiro e, ao sair do quarto, pegou o celular na mesa para verificar as câmeras de segurança.
Quando desceu, Camila já estava ocupada na cozinha. “Senhor, por que tão cedo?”
“Camila, vou preparar uma salada para a Carola. Para ela comer com o mingau. Ontem à noite ela não parava de falar nisso.”
Vendo que Adriano já havia arregaçado as mangas e aberto a geladeira, Camila ficou ao seu lado para ajudar.
Adriano mal havia acabado de lavar as mãos quando o celular, com a tela da câmera de segurança aberta, emitiu um som de notificação.
“Camila, prepare um ovo cozido no vapor com laranja para a Carola.” Dito isso, ele pegou o celular e subiu as escadas.
Ao abrir a porta, Carola estava acabando de se sentar, com uma mão apoiada na barriga.
“Querido, o bebê me acordou com um chute.”
O jeito sonolento da moça, esfregando os olhos, era adorável. Ele se inclinou, beijou seus lábios e a levou para o banheiro.
“Primeiro vamos nos arrumar. Eu preparei uma salada para você.”
Ao ouvir que havia comida gostosa, Carola se animou na hora, apressando Adriano para escovar seus dentes e lavar seu rosto.
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