Renascida para Romper Laços com os Irmãos romance Capítulo 12

Scarlett vinha repetindo para si mesma que não deveria se importar com tudo isso.

Amelia só sabia recorrer a esses truques baixos para prejudicá-la, e agora até tinha trazido Joseph para a escola. O desfecho mais provável seria o cancelamento de suas notas. Mesmo assim, quando ouviu a pergunta de Henry sobre sua colocação, ela não conseguiu segurar o aperto que sentiu no peito.

Antes que pudesse responder, uma voz chamou por ela no corredor:

— Scarlett, a professora quer que você vá até a sala dela agora.

Scarlett apertou os lábios, escondendo a irritação.

— Vou até lá. Depois conversamos.

Ela desligou o telefone e foi direto para a sala da coordenação.

Ao entrar, viu Joseph já sentado, com um semblante frio. O ambiente estava pesado.

— Scarlett. — Começou Joseph, o tom de voz carregado de reprovação. — Eu não esperava que você fosse capaz de fazer isso. Trapacear numa prova para ganhar? Você tem ideia do que isso significa?

Scarlett não ficou surpresa. Já sabia que Joseph nunca acreditaria nela.

Com olhos firmes e uma expressão determinada, ela respondeu:

— Eu não fiz nada errado.

— Scarlett, os fatos estão na sua frente e você ainda nega? Com o histórico das suas notas e o jeito que você age em casa, é impossível que você tenha tido uma melhora tão grande. Além disso, você tinha um motivo claro para trapacear! Admita logo e peça desculpas! Talvez assim você evite um registro disciplinar.

Scarlett deu uma risada curta, carregada de sarcasmo:

— Isso são evidências agora? Acusações sem provas?

Joseph levantou-se bruscamente, a raiva evidente em seu rosto:

— Scarlett, olha o que você está se tornando!

A professora, percebendo que ele estava prestes a perder o controle, interveio:

— Calma, Joseph. Vamos resolver isso sem discussões.

Joseph respirou fundo e voltou a falar, dessa vez olhando para a professora:

— Desculpe, mas a Scarlett só pode ter feito isso para afrontar a família. Façamos o seguinte: ela escreve uma carta de desculpas, lê em voz alta para todos os alunos e se compromete a mudar. Assim, podemos evitar uma punição formal.

A professora suspirou, parecendo aliviada:

— Acho que isso é uma boa solução. Scarlett, você precisa refletir sobre suas atitudes. Não queremos prejudicar seu futuro agora que o vestibular está tão próximo.

Scarlett abaixou os olhos, olhando para o chão frio. O coração, já machucado, parecia se partir ainda mais. Com poucas palavras, eles haviam decidido seu destino. Ninguém, nem por um segundo, pensou em acreditar nela.

— Você está envergonhando nossa família, Scarlett! — Joseph disparou, cheio de raiva. — Como posso ter uma irmã tão desonesta? É humilhante até dizer que você faz parte da família Miller!

Scarlett ergueu o rosto, encarando-o com frieza. Sua voz saiu baixa, mas carregada de desprezo:

— Você acha que eu quero ser parte dessa família?

Seu tom cortante fez o sangue de Joseph ferver. Ele deu um passo à frente, o rosto endurecido:

— Repita isso se tiver coragem, Scarlett!

Antes que ele pudesse continuar, uma voz calma, mas firme, interrompeu:

— Não seja tão duro. Vai acabar assustando a Scarlett.

Todos se voltaram para a porta. O diretor havia entrado na sala, com um semblante tranquilo e um olhar atento.

A professora imediatamente se levantou:

— Diretor, que surpresa!

Ele sorriu levemente e respondeu:

— Ouvi dizer que uma aluna do terceiro ano teve uma melhora impressionante, mas está sendo acusada de trapaça. Achei que seria bom verificar o que está acontecendo.

Joseph, ainda irritado, foi direto:

— Diretor, não precisa investigar. É óbvio que Scarlett trapaceou para conseguir essas notas. Se ela não admitir e se desculpar, acho que o mais justo seria aplicar uma punição formal.

O diretor olhou para Scarlett com calma e perguntou:

— Scarlett, você está disposta a provar que suas notas são legítimas?

Scarlett, sem hesitar, respondeu:

— Sim. Mas se eu conseguir provar que não trapaceei, quero que aqueles que me acusaram sejam obrigados a se desculpar publicamente.

Joseph soltou uma risada cínica:

— Tudo bem. Vamos ver do que você é capaz.

A professora entregou uma prova para Scarlett e disse:

— Vou cronometrar. Pode começar.

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