Renascida para Romper Laços com os Irmãos romance Capítulo 14

Ao ouvir isso, Scarlett imediatamente se interessou.

Eles se esconderam estrategicamente, observando Joseph e sua equipe enfrentando os monstros. Afinal, um grande BOSS não era algo fácil de derrotar, exigia coordenação de toda a equipe. Quando estavam perto do sucesso, era praticamente certo que todos estariam com pouca vida.

Normalmente, ninguém ousaria roubar o BOSS de um time famoso como aquele, mas existiam exceções.

Scarlett já havia estudado a estratégia para derrotar aquele BOSS antes. Sabia exatamente o momento certo para agir. Com uma sintonia impecável com Henry, ela deu o golpe final no BOSS no último instante. O BOSS foi oficialmente roubado por Scarlett e Henry.

No canal mundial do jogo, apareceu o anúncio:

[Parabéns a FênixImortal por derrotar o BOSS!]

Ao ver o resultado, Joseph ficou tão irritado que começou a gritar no chat de voz:

— Que diabos vocês estavam fazendo? Como deixaram alguém roubar o BOSS debaixo do nosso nariz?

Amelia, cheia de veneno, provocou:

— Esses dois parecem novatos. Será que eles não sabem quem somos? Como ousam roubar o BOSS da gente?

Joseph, ainda mais furioso, gritou:

— Matem eles!

Só que, em poucos minutos, a tela de Joseph ficou em preto e branco. Em seguida, todos os outros membros de sua equipe caíram no chão, derrotados.

Joseph encarou o nome FênixImortal na tela e começou a sentir algo estranho. Aquela forma de jogar parecia muito familiar, quase como o estilo de Scarlett! Mas não fazia sentido, Scarlett não devia ser tão habilidosa assim.

Do outro lado, Scarlett e Henry não só haviam roubado o BOSS, como também ficado com todos os itens que ele dropou. Mas, mais do que isso, o que realmente os deixou satisfeitos foi humilhar Joseph e Amelia daquele jeito.

Depois de jogarem por mais um tempo, o delivery que haviam pedido finalmente chegou.

Henry pausou o jogo e disse:

— Vamos comer primeiro.

Scarlett percebeu que, além da comida, havia um pequeno bolo na sacola. Para sua surpresa, era da mesma marca daquele que Amelia havia recebido mais cedo.

Ela olhou para ele com curiosidade:

— Por que comprou um bolo?

— Vocês, garotas, não adoram essas coisas? Considere como uma recompensa pelo bom trabalho hoje. Pelo menos você não me deixou passar vergonha.

Scarlett ficou inesperadamente tocada.

Henry, desconfortável, desviou o olhar e acrescentou friamente:

— Foi só porque o entregador já estava passando por aqui, nada demais.

Scarlett pegou o pequeno bolo. Era exclusivamente dela. Deu uma mordida e baixou os olhos, tentando controlar a enxurrada de emoções que a invadiam.

Henry observou seu silêncio e perguntou com hesitação:

— O bolo está ruim?

Não deveria estar... Não era esse o bolo mais popular?

Scarlett balançou a cabeça e respondeu:

— Está muito bom. Faz muito tempo que ninguém compra um bolo só para mim.

Desde que seus pais haviam falecido, ela nunca mais comemorara um aniversário. Seus irmãos, ocupados ou desinteressados, nunca se lembraram de que ela gostava daquele bolo. Nunca sobrava um pedaço para ela.

Henry a encarou e perguntou:

— Você não come bolo no seu aniversário?

Scarlett hesitou por um momento antes de responder:

— Meus pais morreram em um acidente de carro no dia do meu aniversário. Desde então, nunca mais comemorei.

Era o dia do falecimento deles. Toda vez que aquela data chegava, o ambiente em casa ficava pesado. Ela jamais ousaria pedir para comemorar.

Henry sentiu como se algo o tivesse atingido no peito com força. Era difícil respirar. Ele desviou o olhar, os lábios se comprimindo em uma linha fina. Seu rosto ficou sério, quase sombrio, enquanto uma mistura de raiva e culpa o consumia por dentro. Suas mãos se fecharam com tanta força que os tendões saltaram.

Scarlett percebeu a mudança de humor no ar. Tentando aliviar a tensão, ergueu o rosto e disse, de forma casual:

— Na verdade, não me importo muito com aniversários. Não faz diferença, porque eu também não tenho vontade de comemorar.

Afinal, aquele era o dia de luto por seus pais. Que direito ela teria de festejar?

Henry lutou para controlar as emoções que transbordavam em seu coração. Ao olhar para ela, tão quieta e frágil, parecia uma pequena criatura indefesa. Sentada ali, silenciosa, quase invisível, ela lhe despertava uma mistura de pena e impotência.

Ele engoliu em seco, e sua voz saiu rouca:

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