Renascida para Romper Laços com os Irmãos romance Capítulo 149

Henry queria puxar Scarlett para fora da pista de dança, mas ela, rápida como uma cobra, deslizou para o meio do salão antes que ele pudesse reagir.

Scarlett começou a dançar livremente, sem se preocupar com nada, e imediatamente chamou a atenção de muitas pessoas. Em pouco tempo, ela se tornou o centro das atenções.

Henry, ao ver aquela cena, ficou dividido entre a diversão e o desespero. Ele já sabia que não devia deixar Scarlett beber, nem mesmo um coquetel.

No lounge VIP, Finnian notou Scarlett dançando e, com um sorriso no rosto, assobiou alto:

— Mandou bem, gata! Dança muito!

Amelia, que estava ao lado dele, viu a cena e sentiu uma pontada de ciúme. Como sempre, essas "raposas vadias" de fora sabiam muito bem como chamar a atenção dos homens.

Ela vinha mantendo Finnian na expectativa, sem nunca aceitar nem negar suas investidas. Mas depois do telefonema que recebeu mais cedo, aquele supostamente do pai dela, Amelia estava apavorada. Se não pudesse contar com o apoio da família Miller, precisaria urgentemente encontrar um namorado rico para garantir seu futuro.

Hoje, com Finnian declarando-se para ela no bar, Amelia decidiu aceitar, mesmo que fosse contra sua vontade.

Amelia cerrou os dentes, tentando disfarçar a irritação:

— Finnian, vamos dançar também?

— Claro.

Embora Finnian tivesse respondido com entusiasmo, seus olhos continuavam presos em Scarlett, que dançava no centro da pista. Ele tentava disfarçar, afinal, tinha acabado de conquistar Amelia e ainda não tinha avançado para o próximo passo com ela.

Scarlett percebeu pelo canto do olho que Finnian e Amelia estavam se aproximando e imediatamente sentiu sua noite perder a graça. Sem pensar duas vezes, ela deu meia-volta e começou a caminhar na direção de Henry.

No entanto, antes que pudesse chegar até ele, um homem de aparência desagradável e claramente embriagado bloqueou seu caminho:

— Oi, gata. Você dança muito bem. Que tal tomar uma comigo? Eu pago.

— Não, obrigada. — Respondeu Scarlett sem rodeios.

O homem, no entanto, parecia insistente:

— Qual é? Você está sozinha. Já está no bar, não precisa ser tão difícil assim.

Scarlett ergueu uma sobrancelha, impaciente, e respondeu com firmeza:

— Quem disse que estou sozinha? — Ela apontou para Henry e voltou-se para o homem. — Aquele é o meu namorado.

Os olhos de Henry se tornaram mais intensos, escuros como um abismo que poderia engolir qualquer um.

O olhar dele a fez sentir-se inquieta. Scarlett baixou a cabeça, sentindo o coração acelerar e a culpa crescer:

— Desculpa. Eu não devia ter feito isso.

Ao redor deles, as luzes piscavam e a música continuava ensurdecedora. Henry estendeu o braço e a puxou para mais perto, protegendo-a com o próprio corpo. Sua voz, baixa e rouca, soou próxima ao ouvido dela:

— Agora você entende o tipo de lugar que é esse, né? Da próxima vez, evite vir a um lugar assim.

Scarlett, envolvida pelo calor do corpo dele, sentiu o coração ainda mais acelerado. O som da música parecia se misturar ao ritmo dos batimentos dele, que ela podia ouvir através do peito.

Sem querer demonstrar o que sentia, ela tentou manter a compostura:

— Da próxima vez, eu vou arranjar um namorado como você.

Henry permaneceu em silêncio. Ele a olhou por mais um momento, como se tentasse decifrar algo, antes de desviar o olhar, com a expressão misteriosa de sempre.