Renascimento: de Assassina para Coitada romance Capítulo 7

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"Sim, eu sou a terceira filha menos favorecida, então acabei trancada no meu quarto. E quanto a você? Por que está aqui sozinho?" Caroline disse, vasculhando os arbustos.

"O banquete estava um tédio, então eu saí para respirar um pouco de ar fresco", Clément respondeu.

"Também acho entediante, mas se eu não for, o vovô nunca me deixará participar de nenhum outro evento", Caroline disse, sua voz tingida de impotência.

"Por que ele não deixa você participar?" Clément perguntou, sentindo-se um tanto intrometido. Ele geralmente não era tão falante, mas hoje, achava essa garota muito mais interessante do que qualquer outra pessoa no banquete.

"Você viu, certo? Minha figura não é boa, sou muito gorda e não sou bem quista. Eu traria vergonha para a família Caron", explicou Caroline.

"Gorda? Eu acho que você está no ponto", disse Clément, lembrando da sensação macia da garota em seus braços, como um pequeno animal.

"Vou te contar, todos olham para mim com desdém, mas quando eu perder peso, você verá que eu sou realmente bastante atraente!" Caroline declarou confiantemente.

"Ah? Tão confiante assim?" Clément disse, com um sorriso zombeteiro.

"Claro, esse rosto..." Caroline começou a dizer que seu rosto era idêntico ao de Augustine, uma assassina de elite que podia se aproximar dos alvos com seu rosto belo. Mas ela se deteve, percebendo que ninguém acreditaria que a alma de uma assassina morta residia no corpo de uma garota do ensino médio. Além disso, ela não queria voltar para a vida de assassina. Ser Caroline Caron era bom o suficiente.

Clément percebeu seu silêncio repentino e perguntou: "O que você está procurando?"

"Meus saltos altos. Eu os joguei aqui agora há pouco, mas agora eles sumiram..." Caroline murmurou, procurando pelos arbustos.

"Clément, se você não tem nada para fazer, poderia ajudar iluminando aqui com seu celular. Está tão escuro, como eu deveria encontrá-los?" disse Caroline.

Clément, hesitante, ligou a lanterna do seu celular. Nunca fora tratado assim por uma garota antes.

A garota se curvou, procurando entre os arbustos, um fio de cabelo caindo ao lado de seu rosto, fazendo-a parecer encantadora e fofa.

"Achei eles!" Caroline puxou dois saltos altos dos arbustos, jogou-os na frente dela e estendeu a mão para Clément, dizendo: "Sr. Fabre, me ajude a levantar."

Clément pegou o braço delicado dela, surpreso com o quanto ele havia interagido com essa garota naquele dia, até mesmo tocando sua pele.

Caroline não deu muita importância para isso. Com a ajuda de Clément, ela calçou seus saltos altos, ajeitou o cabelo, e disse: "Obrigada. Vou te levar para jantar algum dia."

"Quando?" Clément perguntou.

"O quê?" Caroline foi pega de surpresa.