Retorno como a Tempestade: Laços e Verdades de Marina romance Capítulo 1050

Se Téo voltasse sozinho, Diego Scholz certamente o culparia, e Téo nunca se perdoaria.

Juliana Ferreira parou atônita ao ouvir isso, arregalando os olhos para Téo. Esse chorão não sabe obedecer! Eles tinham combinado claramente, Téo voltaria e ela ficaria!

"Tia Barbosa, por favor, leve a tia com vocês." Téo não olhou mais para Juliana Ferreira, falando de forma inquestionável para Aline Barbosa.

A expressão de Aline Barbosa mudou, ela hesitou por alguns segundos, olhando complexamente para Tiago Osório, dizendo: "O que você acha?"

Tiago Osório observava os dois jovens com um sorriso quase imperceptível, sem dizer uma palavra. Essas crianças eram realmente interessantes, puras e adoráveis. Eles pensavam que ele não percebia, mas eles tinham planejado isso juntos. Se fosse outra pessoa, que não os conhecesse bem, poderia de fato ser enganada por Juliana Ferreira. No entanto, infelizmente para ela, ele não era tão facilmente enganado quanto Juliana Ferreira pensava.

Essa pequena espertinha, Juliana Ferreira, realmente combinava perfeitamente as qualidades de Diego Scholz e Marina Oliveira, inteligente, sensata, amável e calma, com uma postura inabalável, lembrando um pouco Diego Scholz. No entanto, independentemente do que tinham planejado sobre quem deveria ir ou ficar, era inútil, pois quem decidiria o resultado era ele.

"Juliana Ferreira fica." Ele olhou para Juliana Ferreira, dizendo suavemente. "O resto, venha comigo."

Porque ele sabia, no coração de Diego Scholz, o sentimento de culpa e amor por Juliana Ferreira já superava o sentimento por Téo. Manter o que mais preocupava Diego Scholz ao seu lado aumentaria suas chances de vitória. Ele já havia escolhido Juliana Ferreira em seu coração, sem segundas opções.

Ele não esperou por uma reação de Téo, ordenando friamente a Aline Barbosa: "Dê-lhe um pouco de água."

Juliana Ferreira assistiu, horrorizada, enquanto Aline Barbosa pegava a água que um dos seguranças passava, uma água de cor leitosa, claramente adulterada. "O que vocês estão dando para ele beber!?" Ela se levantou abruptamente, mas as cordas atrás dela a puxaram de volta ao chão.

"Juliana Ferreira, não chore. Marina diz que chorar não resolve nada." Ela se esforçou para se controlar por um momento, levantou-se do chão com dificuldade e murmurou para si mesma, "Pense rápido em uma solução!"

Ela olhou ao redor, fora do armazém ainda podia ouvir os passos das pessoas que Tiago Osório havia deixado para vigiar, mas dentro do armazém não havia mais ninguém. Era a oportunidade perfeita para tentar escapar. Se conseguisse chegar a um lugar com sinal, haveria uma chance de ser resgatada! Marina Oliveira certamente estaria monitorando sua localização a todo momento.

Seu olhar logo se fixou em uma garrafa de leite de vidro ao seu lado. Juliana Ferreira finalmente se acalmou completamente, sua mente começou a trabalhar rapidamente. O local parecia ser um cais, e de vez em quando, podia-se ouvir o som distante de um grande navio. Parecia que fazia muito tempo desde que um navio havia passado.

Ela se sentou de volta no chão, esticou as pernas e usou a ponta dos pés para enganchar a garrafa de vidro. Ela esperou. Não sabia se haviam se passado cinco ou dez minutos quando ouviu barulhos do lado de fora. Com paciência, ela esperou até que o som da buzina do navio soasse e, no exato momento, puxou gentilmente a garrafa com a ponta do pé, fazendo com que caísse e se quebrasse no chão.