Retorno como a Tempestade: Laços e Verdades de Marina romance Capítulo 231

Ela não tinha ao lado uma mulher mais velha e confiável para lhe dizer como deveria se comportar no resguardo, e de qualquer forma, ela jamais teria coragem de falar sobre isso com o King, tampouco havia procurado tratamento hospitalar. Além do mais, a prática de resguardo não é comum no exterior.

Marina Oliveira ponderou por alguns segundos e, assentindo, respondeu: "Sim, depois pratiquei um pouco de sanda e coisas do tipo."

Dr. Matos balançou a cabeça e disse: "Isso é imprudência! Ainda bem que você é jovem. Se tivesse mais de trinta anos e então procurasse tratamento, não haveria mais o que fazer."

Diego Scholz, ao lado, silenciou-se, apenas baixando os olhos e fixando em Marina Oliveira.

"Você precisa tomar medicamentos tradicionais chineses combinados com acupuntura. Quando se trata dos medicamentos, é essencial que não haja interrupção no uso. Pode pedir para a farmácia prepará-los em forma de pasta, para que você carregue consigo e tome diariamente. Quanto à acupuntura, uma vez por semana está bom para você?" Dr. Matos continuou a perguntar.

Marina Oliveira concordou com a cabeça: "Pode ser."

"E tem mais uma coisa..." Dr. Matos falou, lançando um olhar ao pescoço de Marina Oliveira e, um tanto constrangido, desviou o olhar para Diego Scholz.

"Por agora, é melhor evitar relações sexuais. Aguarde até que os sintomas melhorem depois de um ciclo de tratamento. Do contrário, o dano ao seu corpo será irreversível."

Diego Scholz permaneceu em silêncio.

Após Dr. Matos prescrever a medicação e sair com João Silva, Diego Scholz sentou-se em frente a Marina Oliveira com uma expressão complexa.

Era culpa dele. Se não a tivesse enviado para o exterior, nada disso teria acontecido.

Ela havia sofrido tanto para dar à luz a Teo, e nos últimos anos, aguentou as sequelas sozinha.

Diego Scholz não esperou que ela dissesse algo, estendeu a mão, abraçou nela, depois de um momento, sussurrou: "Não acontecerá novamente."

...

Diego Scholz recebeu um aviso de reunião de emergência e, à noite, levou Marina Oliveira de volta à equipe de filmagem.

Marina Oliveira desceu do carro e, olhando a brilhante placa branca do veículo, pensou por um momento e depois voltou até Diego Scholz, falando suavemente através da janela: "Não use mais este carro para me levar."

"É muito chamativo." Pensou um pouco e acrescentou.

Ela não queria ser sempre assombrada por acontecimentos como o da última vez.

Diego Scholz sabia que ela queria ser mais discreta, não causar problemas na equipe de filmagem. Ele também esperava que ela se comportasse, que se contentasse em interpretar papéis menores, sem cenas de beijos ou intimidades.

Pensando nisso, ele disse: "Está bem."

Marina Oliveira encostou na janela do carro, e assim que ele terminou de falar, baixou a cabeça e deu um beijo rápido dizendo: "Suba, na próxima vez virei de Mercedes te buscar."

Marina Oliveira, aliviada por ele ter cedido, virou-se e caminhou em direção ao hotel da equipe de filmagem.

Diego Scholz observou ela até que ela entrou no hotel e só então desviou o olhar com relutância.

No celular, Bruno enviou uma mensagem.

Diego Scholz abriu para ler.

"Senhor Diego, a investigação sobre a divisão acionária da família Souza que o senhor pediu está quase concluída. A família Souza tem, de fato, ações ocultas avaliadas em bilhões, controladas por cinco acionistas, mas todos eles delegam a Felipe Souza a administração total, com identidades não reveladas. A senhorita está inexplicavelmente próxima da família Souza, o que sugere que ela pode ser uma dessas cinco pessoas."

"Estamos trabalhando para obter mais detalhes."

Após um momento Diego Scholz, bloqueou a tela e, erguendo os olhos, olhou em direção à janela do quarto de Marina Oliveira, já iluminada.