Retorno como a Tempestade: Laços e Verdades de Marina romance Capítulo 336

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Retorno como a Tempestade: Laços e Verdades de Marina por Hinovel

Marina Oliveira desviou o olhar, pegou o copo de leite e deu um gole sem mesmo olhar para a tela.

Nelson Morais olhou para ela e fechou a tela do laptop com um movimento rápido, murmurando: "Depois do apagão, como você se machucou? Descreva o que aconteceu pra mim."

"Eu vi alguém mirando na cabeça de Diego Scholz e, num impulso, abri a janela do carro para avisar ele. Mal comecei a falar e já fui descoberta, e foi assim que me feri," replicou Marina Oliveira, repetindo o que já havia contado a Nelson Morais naquele dia.

"Bruno e Cristina Oliveira estavam lá na hora?" perguntou Nelson Morais, anotando rapidamente enquanto questionava Marina Oliveira com um tom sereno.

Marina Oliveira hesitou por alguns segundos.

Nelson Morais parou de escrever e olhou novamente nos olhos de Marina Oliveira.

Ela se inclinou e, encostou na cadeira. Ambos ficaram em silêncio.

Nelson Morais era muito astuto e competente, ele não estaria onde estava se não fosse por sua habilidade, e Marina Oliveira sabia que não conseguiria esconder seus pequenos atos dele.

"E se considerarmos o que Cristina Oliveira disse era verdade, não seria suficiente?" perguntou ela em voz baixa.

"Você está ciente das consequências de não querer falar?" Nelson Morais colocou a caneta de lado, seu rosto ficou mais sério, enquanto questionava Marina Oliveira.

"Claro que estou," sorriu Marina Oliveira sem preocupação.

As consequências de você ao falar significava perder Diego Scholz.

Nelson Morais pensava que Marina Oliveira era uma mulher simples, que era possível ler seus sentimentos através dos seus olhos. Mas agora ele percebeu que não era mais assim.

Ele balançou a cabeça levemente: "Marina, você cresceu."

"As pessoas crescem," respondeu Marina Oliveira em voz baixa, com uma expressão fria.

Nelson Morais ainda se lembrava do dia em que Marina Oliveira chegou à porta da delegacia coberta de feridas, chorando com o nariz vermelho, implorando a ele: "Nelson, você pode me ajudar?"

"Os policiais não estão aqui para lidar com todas as injustiças?"

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