Retorno como a Tempestade: Laços e Verdades de Marina romance Capítulo 48

Ela levantou ligeiramente os olhos e viu, ao lado da mesa de trabalho, um lenço de fumaça cinza e transparente espalhado no chão. O riso delicado de uma mulher soou ao longe.

Ela ficou atônita por alguns segundos, a mão que repousava na maçaneta da porta silenciosamente recuou.

Aline Barbosa, descalça, se recostava preguiçosamente no sofá, observando a sombra que se movia discretamente para fora da porta e não pôde evitar um leve sorriso nos lábios.

"Você também está cansada com todos esses dias, melhor ir para casa descansar um pouco, peça ao Cesar Souza para te conceda uma licença", disse Diego Scholz em voz baixa, de pé diante da janela panorâmica, observando os jornalistas deixando o prédio um a um.

"Está bem", respondeu Aline Barbosa, desviando o olhar e depois olhando para Diego Scholz.

Ele parecia ter pressa em mandá-la embora, talvez temendo que Marina Oliveira viesse e mal interpretasse alguma coisa.

De qualquer forma, todos já haviam partido.

"Diego, você também precisa cuidar de si mesmo. Com tantas empresas sob o comando do Dragão Lendário, você trabalha arduamente. Nem um corpo de ferro aguenta tanto esforço", disse ela, levantando-se do sofá e caminhando até ele, falando em um tom suave.

Enquanto falava, estendeu a mão para alisar as dobras de sua camisa.

No entanto, no segundo seguinte, seu pulso foi agarrado por ele.

Diego Scholz virou-se e a olhou, franzindo a testa, com uma expressão indecifrável nos olhos.

"Você está me machucando...", ela disse em voz baixa, encontrando seu olhar.

Sem esperar que ela se soltasse, Diego Scholz perguntou em voz baixa: "A história da Cristina nos tópicos populares foi obra sua, não foi?"

Aline Barbosa ficou surpresa e respondeu: "O que você está dizendo?"

"Nos dias em que Cristina estava nos tópicos populares , eu estava o tempo todo no estúdio gravando novas músicas, você sabe disso."

Diego Scholz olhou para ela com um brilho fugaz nos olhos: "É melhor que seja assim."

"Você sabe o que a Cristina significa para a família Scholz. Se ela se meter em problemas e a situação piorar, não será fácil para você resolver. Que isso não se repita."

"Eu já disse que não fui eu", respondeu Aline Barbosa, um pouco exasperada: "Ou no seu coração, sou sempre esse tipo de pessoa?"

Diego Scholz soltou sua mão e virou-se para sentar-se à mesa, sem levantar a cabeça, disse: "Claro, espero que você seja sempre limpa e honesta."

Aline Barbosa percebeu o subtexto de suas palavras, abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada.

Essa foi a primeira vez que Diego Scholz a questionou, e ela não tinha como se defender.

Ela observou o perfil frio de Diego Scholz por um momento, então, mostrando fraqueza, disse em voz baixa: "Então eu vou indo. Você também deve descansar mais cedo."

"Sei disso", respondeu Diego Scholz de forma indiferente.

Aline Barbosa pegou o lenço do chão, calçou os sapatos e saiu silenciosamente do escritório dele.

No momento em que fechou a porta, um brilho feroz passou pelo fundo de seus olhos.

Ela havia realmente inflado a história de Cristina Oliveira nos tópicos populares, mas ficou surpresa ao ver que ainda estava no topo da lista quando acordou no dia seguinte, e não sabia o que tinha acontecido, talvez fosse um problema com o servidor.

No entanto, ela sabia que tudo começou por causa de Marina Oliveira; Cristina Oliveira era apenas um escudo para Diego Scholz.

...

Marina Oliveira ficou atônita no carro por um momento, até que o celular tocou e a despertou.

Era a professora do jardim de infância, informando que ninguém havia ido buscar Teo.

Marina Oliveira apressou-se para o jardim de infância e quando chegou já era quase seis horas.

A pré-escola terminava antes das quatro horas, e Marina Oliveira pretendia perguntar a Diego Scholz em seu escritório se ele iria buscar Teo para levá-lo de volta à família Scholz naquele dia, pois o menino não tinha grande relação com ela e não parecia certo ele permanecer na casa dela por tempo indeterminado.

No entanto, um evento inesperado ocorreu.

Na sala de aula, apenas Teo havia sobrado, deitado sobre a pequena mesa, com uma expressão de tristeza, parecendo ter adormecido.