Retorno como a Tempestade: Laços e Verdades de Marina romance Capítulo 964

Ele inicialmente convenceu Fernanda Martins a enganar Francisco Oliveira, para se tornar Sra. Oliveira, tudo para garantir um futuro mais rico para eles e assegurar uma vida de princesa para sua filha.

Não imaginava que hoje tudo se desmoronaria.

Naturalmente, quando Cristina Oliveira decidiu agir contra Mauro Oliveira, Plínio Melo a aconselhou a pensar cuidadosamente antes de agir, mas naquele momento Cristina estava tão desesperada que não ouviu seus conselhos e decidiu arriscar.

Plínio Melo tinha dois objetivos: agradar sua filha, compensando anos de negligência, e também esperava que Cristina conseguisse uma parte maior da fortuna da família Oliveira. Por isso, relutantemente concordou.

Ele sabia que tinha uma grande parcela de responsabilidade no desenrolar dos eventos.

No leito do hospital, os olhos de Cristina Oliveira não tinham mais brilho, apenas olhava fixamente para ele, com o rosto coberto de sangue seco.

Ter um pai tão inútil não era algo que Cristina Oliveira pudesse escolher. Além de covarde e hesitante, ele não tinha nada a oferecer, não sabia fazer nada.

Ela se sentia humilhada e ridícula. Desde o dia em que descobriu a verdade, não conseguia dormir direito, sempre acordando de pesadelos, apenas para perceber que a realidade era ainda mais cruel: ela realmente não era filha de Francisco Oliveira.

Ninguém sabia do seu desespero e impotência.

Desde o nascimento, ela foi apenas uma peça movida por outros. Fernanda Martins a encheu de valores distorcidos, com o único propósito de se vingar da família Oliveira. Ela nem mesmo tinha o básico da dignidade humana.

E havia pessoas, como Marina Oliveira, que não precisavam fazer nada para ter tudo que outros apenas poderiam sonhar. Todo o esforço de Cristina, e ainda assim, o sofrimento humano não a poupou.

Ironia do destino, ela sempre tentou se adornar com coisas belas, buscando elevar seu status, tentando se livrar da vergonha de ser chamada de amante por Fernanda Martins, apenas para descobrir que era impossível.

Ela se sentia como se estivesse pregada em um poste de vergonha, incapaz de escolher seu próprio nascimento.

Eles se olharam em silêncio por um momento, e a expressão de Plínio Melo mudou várias vezes, até que, como se tivesse tomado uma decisão importante, virou-se para os policiais ao lado.

Mauro Oliveira ponderou por um momento e então disse firmemente aos policiais: "Levem-no para interrogatório."

Se Plínio Melo insistisse em assumir a culpa por sua filha, não havia mais nada a fazer.

Mauro Oliveira nunca imaginou que o homem que entregava sua própria mulher aos braços de outro, acabaria por proteger Cristina Oliveira, assumindo toda a culpa sobre si.

Os policiais imediatamente algemaram Plínio Melo, escoltando-o ao passar pela cama de Cristina Oliveira em direção ao elevador.

"Cristina, você tem que ficar bem." Ao passar pela cama de Cristina Oliveira, Plínio Melo virou-se, olhando para ela e murmurou baixinho, "Eu fui injusto com vocês antes, mas agora, você tem que ficar bem."

Cristina Oliveira, por sua vez, não lhe deu nem um olhar, apenas franzindo ligeiramente a testa de forma quase imperceptível.