Retorno como a Tempestade: Laços e Verdades de Marina romance Capítulo 998

Clara Rocha disse cada palavra a Bruno com direta e brutal honestidade.

Ela gostava dele e o queria, mesmo se, recuando dez mil passos, não houvesse futuro para os dois, ela não se arrependeria de se entregar a ele.

Talvez por serem da família Rocha, onde seus pais possuíam status social, sua mãe era uma renomada virtuose de violão, sob cuja tutela várias jovens de famílias abastadas estudavam, e seu pai era um importante funcionário de nível nacional.

Ela era a filha preciosa de uma família erudita, ensinada desde pequena a seguir as regras, e de fato era obediente, com apenas ocasional rebeldia. Mas seus pais, sendo pessoas razoáveis e de mente aberta, nunca se importaram com suas pequenas transgressões. Ela não era como a família Scholz, e achava que Bruno poderia ter algum mal-entendido sobre a família Rocha.

Mas ela falava, e Bruno não ouvia; ouvia, mas não acreditava; acreditava, mas não ousava fazer nada, então só restava a ela tomar a iniciativa.

Bruno apertou o volante um pouco mais forte, sentindo-se irritado.

Nesses anos todos, a única pessoa capaz de o irritar tanto era Clara Rocha.

Não podia falar, nem repreender.

Ele dirigiu por um tempo, parando o carro em uma rua deserta, e virou-se para olhar para Clara Rocha.

“No dia em que aceitei seu cartão, foi para evitar que você causasse um escândalo na frente do Sr. Diego. O fato de você ter 'tirado vantagem' de mim não me prejudica em nada, mas pode danificar sua reputação, você entende?” Ele perguntou a Clara Rocha, franzindo a testa.

Como aqueles lixos de antes.

Era porque Jacó Guedes nunca esclarecia os rumores sobre ele e Clara Rocha que as pessoas pensavam que eles já tinham dormido juntos, permitindo que insultassem Clara Rocha, dizendo que ela tinha um caso com Jacó Guedes.

Ele não era Jacó Guedes; ele não estava certo se podia assumir essa responsabilidade, ele jamais permitiria que Clara Rocha sofresse qualquer dano por causa disso, nem um pouco.

“Entendo.” No entanto, Clara Rocha apenas o olhou calmamente e assentiu.

Clara Rocha estava usando uma saia curta hoje, pois já havia planejado possivelmente ir à Mansão Suprema encontrar Bruno, então ela intencionalmente se vestiu de forma mais reveladora.

Ela não esperou por Bruno para empurrá-la para longe, e se sentou em seu colo, pegou um pastel ao lado, e começou a desembrulhar enquanto falava consigo mesma: “Ah, meu querido Bruno, preocupado comigo a ponto de nem jantar, gostando tanto de mim, sinto-me tão culpada, melhor eu alimentá-lo pessoalmente.”

Bruno ficou verde de raiva, estava prestes a empurrá-la, mas percebeu que a roupa de Clara Rocha hoje realmente não o deixava com muitas opções para onde segurar, pegá-la em qualquer lugar seria um erro.

“Clara Rocha!” Ele a chamou pelo nome completo, cerrando os dentes.

“O que foi? Está com muita fome?” Clara Rocha, enquanto se sentava em cima dele, calmamente desembrulhava a comida, e propositalmente esfregou-se nele levemente, puxando para baixo o tecido sobre um ombro: “Espere, já estará pronto para comer.”

O corpo de Bruno imediatamente se enrijeceu, todo ele se tornou tão rígido quanto pedra.

Clara Rocha pegou uma esfirra com a colher e levou-a até a boca dele, enquanto continuava a desabotoar os botões de sua blusa, expondo mais de seus ombros lisos. Ela abriu a boca em um gesto convidativo e disse docemente: "Ah... Abra a boca."