Retornou A Médica Divina romance Capítulo 107

Talita, embora estivesse sentada em uma cadeira de rodas, estava meticulosamente arrumada.

Vestindo um elegante vestido branco de alta costura, acompanhado de uma maquiagem tão impecável que era impossível encontrar qualquer defeito, ela parecia uma deusa recém-saída das águas, bela e encantadora.

O fato de estar em uma cadeira de rodas não só não afetava sua beleza, como também acrescentava um certo ar de fragilidade que despertava instantaneamente o desejo de proteção dos homens.

Talita olhou para ele com olhos cheios de emoção: "Jacinto, liguei várias vezes, mas você não atendeu."

"Eu estava ocupado, não tive tempo de atender" - respondeu Jacinto com voz calma: "Se fosse algo urgente, Ivan teria me informado."

Compreensiva, Talita disse: "Entendo, da próxima vez não vou incomodá-lo quando estiver ocupado. Basta me procurar quando estiver disponível".

Jacinto apenas murmurou um "Hmm" e caminhou para dentro.

"Jacinto" - Nevio, segurando uma taça de vinho, foi ao seu encontro: "a vovó realmente exagerou ao convidar tantas pessoas para o Daiana, lembro que meu aniversário de dezoito anos não teve essa pompa toda."

Jacinto deu um tapinha em seu ombro: "Não se preocupe, quando você fizer oitenta anos, também terá sua grande festa."

Nevio ficou sem palavras.

"Sr. Rodrigues."

"Sr. Rodrigues, o senhor voltou."

Convidados se aproximaram para brindar com Jacinto.

Talita o observava com admiração.

Nevio, olhando para Talita, sentiu-se subitamente desconfortável.

Seu olhar era tão intenso que qualquer pessoa que não soubesse poderia pensar que ela era a Sra. Rodrigues.

Nevio não conseguiu se conter e disse: "Talita, essa festa foi organizada pela vovó, ela provavelmente não convidou você, certo?"

Talita pareceu magoada: "Nevio, o que você quer dizer com isso? Você não quer que eu esteja aqui? Nossas famílias são amigas e vizinhas de longa data, até mesmo um jantar da família Rodrigues eu posso participar, por que eu não poderia vir a esta festa?"

"Bem, a vovó pode não ser tão inacessível, mas é melhor você manter distância do meu irmão para evitar problemas, caso contrário, ela ficará irritada e defenderá Daiana" - Nevio a advertiu.

"É verdade, a vovó sempre favorece Daiana incondicionalmente, ignorando a longa amizade entre nossas famílias."

Daiana, sem escolha, permaneceu ao lado de Jacinto.

Talita agarrou os braços de sua cadeira de rodas com força, fervendo de raiva.

"Senhores e senhoras" - Dr. Mauro começou com satisfação: "agradeço a todos por virem ao jantar em honra de minha querida aprendiz Daiana. Espero que continuem a apoiá-la no futuro. Brindo a todos vocês."

Todos ergueram suas taças em homenagem ao Dr. Mauro.

Ele, então, conduziu Daiana para conhecer os convidados.

"Minha Dani é realmente excepcional" - disse Isaura, em pé ao lado de Jacinto, observando a figura esguia de Daiana, e não pôde deixar de elogiá-la: "depois que ela se divorciar de você, certamente encontrará um bom partido. Ainda bem, pois assim terei outro neta-genro".

Jacinto, com o rosto tão escuro quanto o fundo de uma panela, respondeu: "Isso pode ser uma decepção para você".

"Como assim?" - Isaura fingiu curiosidade: "Eu disse alguma coisa errada?"

"Eu não vou me divorciar da Daiana" - Jacinto pronunciou cada palavra com clareza: "Ela nunca terá a chance de se casar com outro homem."

"Por favor" - Isaura disse com desprezo: "Amar alguém é como cuidar de uma flor, necessita de atenção e carinho, mas você trata a Dani como se fosse uma erva daninha, desdenhando dela, e ainda assim não permite que outro a trate como um tesouro? Jacinto, não se pode ser tão egoísto."