Retornou A Médica Divina romance Capítulo 122

Jacinto observava as pernas dela, uma expressão sutilmente alterada em seu rosto.

Talita, chorando, acusou: "Desde o início, Daiana disse que fui eu quem a incriminou. Quem acreditaria nisso? Você também não acredita, porque eu não teria motivo para me prejudicar e incriminá-la. Jacinto, por que você está me perguntando isso agora? Você acha que os sofrimentos que passei neste último ano não foram suficientes, e está tentando jogar sal na minha ferida de propósito?"

Jacinto a olhava.

Apesar das lágrimas, as de Talita o repeliam, enquanto as de Daiana pareciam atingir sua alma, fazendo-o compartilhar sua dor.

"Eu só estava perguntando, não leve para o lado pessoal" - Jacinto apagou o cigarro: "Eu vou embora, descanse."

Talita não o impediu, pois seu coração nunca havia sido tão perturbado.

Jacinto até começou a se perguntar por quê?

Será que Daiana havia fornecido alguma prova?

Impossível, ela havia sido meticulosa, Daiana não poderia ter nenhuma prova.

E se realmente houvesse provas, Daiana já as teria jogado em seu rosto, não teria ido cumprir um ano de prisão quietamente.

Com esses pensamentos, Talita se sentiu um pouco mais tranquila.

No entanto, o fato de Daiana ter conseguido plantar dúvidas em Jacinto significava que ela não podia baixar a guarda.

Desde que aquela desavergonhada de Daiana saiu da prisão, a atitude de Jacinto para com ela havia mudado dia após dia. Ela não podia se dar ao luxo de cometer mais erros e precisava se livrar de Daiana o quanto antes.

A chuva caía sem parar, como se não tivesse intenção de cessar.

Daiana se aconchegou no sofá, observando calmamente a chuva lá fora.

"Senhora, tome seu mingau e vá dormir cedo" - Lúcia entrou com uma tigela nas mãos.

"Obrigada." - Daiana lhe agradeceu enquanto bebia: "Minha avó preparou vários mingaus nutritivos para mim. Amanhã, leve para seu marido."

"Hm." - Jacinto respondeu secamente: "Você pode descer as escadas".

"Sim."

Lúcia fechou a porta quando saiu.

Jacinto observou a figura esguia no sofá por um momento antes de se aproximar.

"Daiana."

Daiana fechou os olhos, cansada: "Você precisa de alguma coisa?"

Jacinto se sentou ao lado dela, falando em um tom sério: "Sinto muito pelo que aconteceu com sua avó, mas ela já se foi e nada pode mudar isso. O que posso fazer é compensar financeiramente a família de seu tio, para que a alma de sua avó possa descansar em paz."

"O sofrimento pelo qual você passou nesses três anos, eu vou compensar. Prometo que não vou mais tirar seu sangue para a Talita. Se você gosta de crianças, quando estiver totalmente recuperada, podemos ter um filho, que tal?"