Retornou A Médica Divina romance Capítulo 13

Daiana sentiu o coração como se tivesse sido atingido por uma pedra gigante, uma dor aguda e penetrante se espalhou por todo o corpo, até as juntas dos ossos doíam.

Ela queria fugir, mas seus pés pareciam pesar uma tonelada, incapazes de se mover.

Lágrimas de humilhação brotaram em seus olhos; ela chegou a suspeitar que Jacinto havia feito alguém ligar de propósito, para que ela presenciasse aquela cena.

Talita se afastou do abraço de Jacinto, com o rosto marcado por um tímido rubor.

Ao se virar e ver Daiana parada na porta, Talita manobrou sua cadeira de rodas em direção a ela, com o rosto ainda corado de felicidade, tentando se desculpar desajeitadamente: "Daiana, você já chegou? O Jacinto só me beijou porque estava bêbado e perdeu o controle, por favor, não me entenda mal".

Daiana tentou enxugar as lágrimas de seus olhos, e ao vê-la levantar a mão, Talita tremeu de medo: "Daiana, eu sei que errei! Eu não deveria ter procurado o Jacinto, não deveria ter deixado ele me beijar, me desculpe! Por favor, não me machuque!"

Daiana soltou uma risada: "Você já terminou a sua atuação?"

Talita mordeu o lábio inferior, com os olhos cheios de lágrimas: "Daiana, você está me julgando mal, eu não estava atuando."

Essa cena era como se a esposa legítima, cruel e mal-amada, estivesse repreendendo a inocente e verdadeira amada, o que era absurdo para Daiana.

"Você é uma boa atriz, mas infelizmente não estou mais a fim de ser sua espectadora. Eu e o Jacinto vamos nos divorciar em breve, e a senhora Rodrigues vai ficar no seu lugar."

Depois de dizer isso, Daiana se virou para sair.

"Daiana!" - Talita correu atrás dela, agarrando seu pulso: "Você quer se divorciar do Jacinto porque não quer mais doar sangue para mim, não é? No fundo, você ainda me quer morta! Ou será que é porque está ressentida por não ter visto sua avó pela última vez?"

Ao se lembrar de sua avó, as defesas de Daiana desmoronaram completamente, ela soltou com força: "Não me toque!".

"Ah!"

Talita soltou um grito de surpresa, caindo no chão junto com a cadeira de rodas.

Daiana franziu a testa, certo de que um simples movimento de mão não teria força suficiente para derrubar a cadeira de rodas.

Daiana se virou e saiu.

"Daiana, espere!"

A voz cheia de raiva do homem ecoou atrás dela, mas Daiana ignorou, continuando seu caminho.

"Jacinto, não fique bravo" - Talita o consolou gentilmente: "já ouvi dizer que as pessoas que ficam presas se tornam mais amargas, não pensei que fosse verdade. Mas a Daiana disse que quer o divórcio, será que ela não quer mais me salvar?".

À menção do divórcio, Jacinto ficou ainda mais irritado: "Você se machucou?".

"Não, só doí um pouco quando eu caí. A Daiana sempre me mira, quanto mais eu sofro, mais feliz ela fica."

"Se você não se machucou, está tudo bem. Vá para casa por conta própria."