Retornou A Médica Divina romance Capítulo 147

Jacinto soltou uma risada fria, apertando o pulso dela com mais força: "Para se divorciar de mim, você realmente está disposta a prometer qualquer coisa, não é? Mas, Sra. Rodrigues, eu não quero me divorciar de você."

"Por quê?" - Daiana perguntou, confusa: "Você não precisa legitimar Talita?"

"Quando foi que eu disse que precisava legitimar Talita?" - o homem retrucou com outra pergunta.

"Eu não estou interessada no que acontece entre você e Talita. Mesmo que você não precise legitimá-la, ainda precisamos nos divorciar." - Daiana analisou calmamente: "Jacinto, sua recusa em se divorciar, é porque você sente falta dos tempos em que eu te amava apaixonadamente? Você acha que eu era uma Sra. Rodrigues que se adequava aos seus desejos naquela época, por isso você não quer se divorciar, certo?"

Jacinto ficou momentaneamente atordoado.

Ele não sabia por que não queria soltar, talvez Daiana estivesse certa, ele sentia falta da Daiana que o amava profundamente no passado.

Ou talvez, houvesse mais do que isso.

"Jacinto, eu posso entender você, mas posso te dizer claramente, nunca voltaremos ao passado, e eu não posso voltar a ser aquela Sra. Rodrigues obediente e submissa." - Daiana sorriu levemente, com um traço de amargura em seus lábios: "Neste casamento, nossa relação nunca foi igualitária, e eu realmente não sou alguém que simplesmente aceita tudo sem questionar."

Jacinto franziu a testa: "Então você está me dizendo que aquela Daiana obediente era tudo fingimento?"

"Não é fingimento, não sou boa em fingir" - Daiana falou sinceramente: "Naquela época, foi o meu amor por você que me fez atender incondicionalmente a todas as suas exigências e suportar todos os danos que você me causou sem princípios. Achei que, desde que fosse obediente o suficiente, poderia comover você e fazer você se apaixonar por mim."

Daiana sorriu amargamente: "Mas, Jacinto, se não fosse por eu ter tomado veneno naquela noite, você ainda insistiria para que eu desse a transfusão de sangue para Talita. Só parei com a transfusão por causa de uma medida tão extrema. Não consigo esquecer a dor daquela noite e todas as vezes que você insistiu que eu doasse sangue, sem recorrer aos bancos de sangue."

"Jacinto, há coisas que nunca podem ser restauradas, como um espelho quebrado. Mesmo que o colemos de volta, sempre haverá fissuras feias presentes, impossibilitando que ele retorne ao seu estado original. Meu coração também é assim."

"O quanto eu te amei no passado, é o quanto agora desejo me afastar de ti. Portanto, por favor, concorde em nos divorciarmos. Eu não quero nada, apenas a liberdade."

"Liberdade" - Jacinto soltou uma risada baixa: "Daiana, naquela época em que fiquei gravemente ferido, entrei em coma e me tornei uma pessoa em estado vegetativo. Você se tornou minha esposa sem que eu pudesse recusar. Eu falei de liberdade para você? Você acha que eu sou alguém que você pode casar quando quiser e descartar quando desejar?"