Retornou A Médica Divina romance Capítulo 149

No sofá, Jacinto jazia em silêncio, de olhos fechados, como se estivesse dormindo.

Daiana se aproximou para verificar e notou que a cor do rosto de Jacinto estava ainda mais pálida do que quando ela havia saído, com pequenas gotas de suor formando-se em sua testa.

Parecia estar sofrendo bastante.

Daiana se sentou ao lado dele, verificando sua situação.

"Jacinto, você não jantou?"

O homem não respondeu, apenas apertou mais os lábios.

Daiana soltou sua mão e, no instante seguinte, sentiu seu pulso ser agarrado com força.

Jacinto abriu os olhos, olhando fixamente para ela: "Você vai embora novamente?"

Daiana, sem muita escolha, respondeu: "Vou pegar o celular para pedir algo para você comer."

Só então Jacinto relaxou a mão.

Daiana pegou o celular para fazer o pedido e logo foi à farmácia buscar algumas ervas medicinais, preparou: "Beba este remédio."

Jacinto franziu a testa ao cheirar: "Tem um cheiro ruim."

"Sim, e também é amargo. Se não beber, vai continuar sentindo dor."

Depois de hesitar, Jacinto acabou aceitando, bebeu de uma só vez.

A entrega chegou rapidamente, Daiana pediu um mingau leve e alguns pastéis de forno, colocando-os na mesa de centro diante dele: "Coma e depois pode ir, só não esqueça de fechar a porta."

Daiana se levantou e estava prestes a sair quando Jacinto a chamou.

"Daiana."

Ela parou, mas não se virou.

O surto de transtorno bipolar de Fernando foi desencadeado quando uma empregada acidentalmente danificou seu brinquedo favorito. Hugo estava considerando buscar ajuda psicológica e pediu a Daiana para conversar com Fernando.

Após passar algum tempo brincando com Fernando, Daiana conversou com Hugo: "Sr. Gomes, pensei sobre sua sugestão e acredito que não devemos levar Fernando diretamente para terapia psicológica."

"Por quê?" - Hugo perguntou.

"Descobri que o brinquedo danificado era o favorito de Fernando. Não apenas as crianças, mas até nós adultos ficaríamos chateados se algo que amamos fosse danificado." - Daiana falou com empatia: "Apesar de Fernando ter tido um surto, ele não agrediu a empregada como fez no hospital com Talita. Ele apenas gritou, o que mostra que ele sabe que não deve agredi-la no fundo, apenas não conseguiu controlar sua emoção naquele momento."

"Você está sempre ocupado com o trabalho, e Fernando precisa de uma companhia de qualidade. Acredito que se você estiver presente e orientá-lo adequadamente, é possível melhorar o transtorno bipolar de Fernando aos poucos."

Hugo massageou as têmporas: "Mas você sabe que tenho meu trabalho e não posso estar 24 horas por dia ao lado de Fernando."

Daiana refletiu e disse: "A empregada que cuida de Fernando veio com você da cidade do Rio. Ela cuida bem dele, mas, por ser mais velha, tem dificuldades em se comunicar efetivamente e oferecer o suporte psicológico que Fernando precisa."

"Eu sugeri que você contratasse duas babás especializadas em psicologia infantil, assim poderiam tanto cuidar de Fernando quanto o orientar efetivamente nas situações cotidianas que surgissem."