Retornou A Médica Divina romance Capítulo 15

O telefone de Jacinto tocou logo em seguida, e Talita se compôs antes de atender, com uma voz suave como água: "Jacinto".

"O que foi aquilo no vídeo?"

"Como assim o que foi? Você estava bêbado e eu só estava limpando seu rosto."

Ela tinha certeza de que não havia câmeras no corredor, então se sentiu segura para fingir uma queda e culpar Daiana, mas ela não esperava que houvesse câmeras escondidas dentro da cabine!

"Você precisa estar tão perto para limpar o rosto?" - perguntou Jacinto, insatisfeito: "Além disso, pelo ângulo da entrada, parecia que estávamos nos abraçando. Não é à toa que a Daiana disse que estávamos nos beijando."

Talita mordeu o lábio inferior com força: "Eu estava apenas limpando seu rosto, não sabia que a Daiana viria, muito menos que ela entenderia errado."

"Você sabe que eu gosto de honestidade." - Jacinto, sentado atrás de sua mesa, deu uma tragada em seu cigarro, falando calmamente: "Já perguntei por aí, foi você quem mandou alguém chamar a Daiana para ir ao clube. Você queria que ela visse."

"Jacinto, eu não fiz isso."

"O gerente do clube já foi demitido. Não quero mais que você faça essas pequenas artimanhas." - Jacinto disse friamente: "De qualquer forma, Daiana é minha esposa, e eu não quero que mal-entendidos arruínem nossa paz."

Talita protestou, sentindo-se injustiçada: "Mesmo que ela tenha entendido errado, não tinha o direito de me empurrar, certo?"

"Você cometeu o erro, não é culpa dela ter reagido. Como você não se machucou, vamos deixar isso para lá."

Talita ficou chocada, ele estava realmente avaliando a situação em vez de ficar do lado dela!

Ela agarrou a ponta de sua roupa com força: "Jacinto, você está apaixonado pela Daiana?"

Jacinto respondeu sem hesitar: "Você está pensando demais."

Talita deu um suspiro de alívio: "Já entendi. Não vou mais fazer besteiras para irritá-lo."

"É bom ouvir isso."

"Jacinto, a Daiana quer se divorciar de você, ela não quer doar sangue para me salvar? Ela ainda me quer morta, não é?"

Jacinto deu mais uma tragada em seu cigarro: "Estou procurando o Dr. Clóvis Carvalho com urgência, assim que ele tratar sua doença e suas pernas, você não precisará mais do sangue da Daiana e poderá levar uma vida normal."

"Jacinto, você é tão bom para mim."

Talita desligou o telefone com um sorriso de felicidade no rosto.

Parece que ela estava preocupada à toa. Como Jacinto poderia se apaixonar por alguém como Daiana, uma ex-condenada!

"Como pode não ser? Você não tem ideia de como fica grudada em mim quando está na cama?"

O rosto de Daiana esquentou imediatamente até as orelhas: "Isso foi antes!"

Antes, só quando estavam intensamente envolvidos, ela sentia que ele era realmente dela, e por isso se apegava tanto.

Mesmo depois, ela não o deixava se afastar.

Mas agora era diferente. Lembrando-se do que aconteceu na noite anterior no clube, ela sentiu uma aversão imensa e o empurrou instintivamente.

"Você ainda está zangada?" - Jacinto estendeu a mão para pegar o celular no criado-mudo ao lado da cama e abriu um vídeo para ela ver.

Daiana assistiu ao vídeo com surpresa.

"Eu não beijei a Talita, o vídeo prova isso." - Jacinto envolveu-a com os braços em um gesto rápido, seus lábios roçando a orelha dela, sua voz grave e rouca carregada de sedução: "Satisfazer você já é uma tarefa e tanto, eu não iria procurar aventuras fora daqui".

Daiana ficou chocada!

Seu rosto corou instantaneamente, ficando vermelho como se fosse sangrar, e ela o afastou rapidamente, levantando-se e correndo para o banheiro.