Retornou A Médica Divina romance Capítulo 17

Daiana não vomitou nada, finalmente se recuperou, bochechou a boca, pegou um lenço de papel e limpou a boca.

Ela se virou para Talita, que a observava, e em vez de responder, contra-atacou: "Você acha possível eu estar grávida logo após sair da prisão?"

Ao ouvir isso, a expressão de Talita imediatamente se suavizou.

Não importava se Daiana acabasse de sair da prisão ou não, ela simplesmente não poderia estar grávida.

Porque Jacinto odiava crianças.

Desde pequena, ela sabia que se casar com Jacinto significava que eles não teriam filhos, porque ela nunca faria nada que ele detestasse.

Mas, para ela, isso era ainda melhor, afinal, ela também não gostava de crianças e ter filhos era a maneira mais fácil de ficar fora de forma. Mantendo sua boa aparência, ela seria capaz de conquistar o coração de Jacinto com mais firmeza.

Talita recuperou a compostura e continuou a zombar: "Daiana, Jacinto pode não ser bom para você, mas não fique triste. Quando eu me curar, ele naturalmente concordará em se divorciar de você. Não se preocupe, nós não a decepcionaremos. Que tal isso? Da próxima vez que você doar sangue para mim, eu lhe comprarei uma bolsa extra, que tal?"

"Eu nunca toquei nessas bolsas, pode ficar com elas para você" - respondeu Daiana.

Daiana jogou o lenço na lata de lixo e foi embora.

O sarcasmo de Talita realmente a machucou, mas o que mais a entristecia era o fato de ela não conseguir encontrar um emprego.

Seu tio, secretamente, deu-lhe a herança que a avó deixou, menos de vinte mil reais. Nem para pagar uma internação hospitalar isso serviria, considerando que na capital, contratar uma babá custa, no mínimo, quatro mil reais. Ela precisava urgentemente encontrar uma maneira de ganhar dinheiro.

Sem saída, Daiana foi procurar um emprego de meio período que não exigisse verificação de antecedentes.

Ela tinha um certificado de enfermagem e conseguiu encontrar um emprego de meio período como auxiliar de enfermagem em um hospital naquela tarde.

Pouco depois de deixar o hospital, o telefone de Daiana tocou. Era o Jacinto.

Ela havia se esquecido de bloqueá-lo novamente na noite anterior.

Ela atendeu: "O que foi?"

Do outro lado da linha, a voz do homem era gelada: "Você foi ver Talita hoje?"

"Sim."

A voz de Jacinto ficou ainda mais fria: "Daiana, você só fica satisfeita quando a ataca, não é?"

"Como assim eu a ataquei?"

"Talita, apesar de tudo, tentou gentilmente oferecer-lhe um emprego, e você a chamou de hipócrita. Isso aconteceu?"

A ferida mais dolorosa em seu corpo foi infligida pelo homem que ela mais amava!

"Perdeu sua língua? Fale!" - Jacinto ficou ainda mais furioso ao vê-la calada: "Você vem agora para a família Sousa e pede desculpas para a Talita!".

Daiana limpou rapidamente as lágrimas do rosto, respirou fundo e disse: "Se ela gosta de chorar e quer ser uma heroína trágica, o que posso fazer?"

Ela realmente deveria se desculpar. Para si mesma.

Ela estava errada. O erro foi ter se apaixonado por Jacinto.

Daiana não esperou que ele falasse, desligou o telefone diretamente e bloqueou o número.

Não daria a ele outra chance de magoá-la, tinha que se divorciar!

Família Sousa.

Jacinto olhou para o telefone desligado, a raiva em seu peito ardendo ainda mais forte!

Ele tentou ligar novamente, mas, como esperado, a chamada não completava mais.