Retornou A Médica Divina romance Capítulo 170

Era o homem por quem ela nutria um amor profundo há dez anos, protegendo-a de uma facada com seu próprio corpo.

Ela não pôde deixar de se sentir sobrecarregada.

Todos aqueles pequenos detalhes do amor que sentia por ele pareciam brotar de algum lugar fechado em seu coração, tomando conta completamente de seu peito.

Isaura realmente tinha um bom julgamento sobre as pessoas.

Ela nunca deixou de amá-lo, apenas se forçou a não amá-lo mais.

Na verdade, ela ainda o amava.

Daiana retornou à Clínica Médica do Dr. Mauro, e seus colegas imediatamente a cercaram de preocupação e carinho.

"Daiana, você foi muito ingênua, aparecendo aqui na clínica tarde da noite em vez de ir ao hospital. Deve ter alguma coisa estranha aí".

"Mas também não podemos culpar a Daiana. Eu vi as câmeras de segurança, e naquele momento, a pessoa parecia tão desesperada, dizendo que não dava tempo de ir ao hospital, que nenhum médico recusaria ajuda."

"É verdade, a compaixão é parte essencial da medicina. Às vezes, para salvar uma vida, não se pode pensar demais."

"Que bom que a Daiana está bem, graças ao Sr. Rodrigues que saiu para protegê-la."

"O Sr. Rodrigues é um homem muito bom. Se ele fosse meu marido, talvez tivesse fugido".

Daiana conversou com eles brevemente e foi para seu quarto, nos fundos do quintal, tomar um banho quente.

Isaura ligou, aconselhando-a a dormir um pouco antes de ir para o hospital.

Daiana estava exausta. Depois de comer a refeição que o Dr. Mauro havia mandado, ela conseguiu dormir por mais de duas horas, até que o telefone a acordou.

Era uma ligação de Hugo.

Daiana atendeu: "Sr. Gomes."

"Eu fiquei sabendo do que aconteceu ontem à noite" - disse Hugo: "Você está bem, e isso é o que importa, Daiana. Daqui para frente, você precisa ser mais cuidadosa."

"Sim, eu serei."

"Não esperava que fosse Jacinto quem te salvou" - continuou Hugo: "Daiana, você vai voltar para ele, não vai?"

Daiana permaneceu em silêncio.

Eles estavam vigiando a Clínica Médica do Dr. Mauro há meio mês, sabendo que Daiana morava lá sozinha à noite, então fingiram ser pacientes para bater na porta.

Daiana sentiu uma mistura de emoções.

Se arrepender de ter aberto a porta? Claro que sim.

Mas naquele momento, ela não pensou muito, apenas teve medo de negar ajuda e acabar atrasando o tratamento de alguém que precisava.

O que mais lamentava era ter envolvido Jacinto, fazendo-o sofrer tal dano.

Não apenas físico, mas um trauma psicológico que o acompanharia pelo resto de sua vida.

Daiana fechou os olhos em angústia.

De qualquer forma, ela tinha que curar Jacinto.

Quando Daiana chegou ao hospital, Jacinto já estava acordado.

Quando seus olhares se encontraram, Daiana sentiu como se passasse uma era.