Retornou A Médica Divina romance Capítulo 195

Jacinto vestia um terno preto, coberto por um sobretudo da mesma cor, exalando uma aura intimidadora que fazia o ambiente parecer ainda mais gélido.

Ele avançava com passos largos, entrando no recinto.

"Jacinto, você chegou na hora certa, a vovó estava prestes a ligar para você."

Um sorriso irônico surgiu nos lábios de Jacinto, mas seus olhos não demonstravam alegria, somente um frio cortante: "Vovó, não há necessidade de perguntar, os fatos são claros. Insistir na questão só vai lhe causar mais sofrimento. Não vale a pena se abalar por alguém assim."

O coração de Daiana tremia violentamente.

Isaura ponderou por um momento, mas finalmente voltou seu olhar para Daiana: "Dani, a vovó está aqui para protegê-la. Se você tiver algo a esclarecer ou explicar, fale diretamente com o Jacinto".

Daiana respirou fundo antes de falar: "Vovó, o que eu disse antes reflete meus verdadeiros sentimentos. Sinto muito por ter decepcionado a senhora".

Jacinto soltou uma risada fria: "Sabe, vovó, não adianta ter esperanças com essa pessoa."

Isaura os observou por um longo tempo antes de acenar lentamente com a cabeça: "Entendo. Podem ir, quero descansar agora. Nilda, por favor, acompanhe a Dani até o carro e cuide para que ninguém a incomode."

Daiana fechou os olhos, incapaz de conter as lágrimas que agora estavam escorrendo livremente.

Passado meio mês, o inverno chegou à capital.

A vida de Daiana voltou ao normal, seus dias eram repletos de trabalho.

A Cátia fez questão de divulgar o quanto Daiana a havia ajudado, atraindo a atenção de várias senhoras da alta sociedade que queriam contratá-la como sua médica de família.

A carga de trabalho de Daiana aumentou significativamente, não só com as consultas diárias, mas também com as visitas domiciliares agendadas.

Ela apreciava essa ocupação; não só era gratificante, como sua habilidade médica continuava a melhorar.

Mais importante, estar ocupada a mantinha distante dos pensamentos sobre Jacinto.

Eles não se encontraram novamente, nem mesmo naquela vez na família Rodrigues, Jacinto não lhe dirigiu um olhar sequer.

Ao entardecer, Hugo chegou à Clínica Médica de Mauro.

"Por quê?" - Hugo a encarou: "Daiana, você claramente o ama tanto que não se importa com a saúde dele."

"As pessoas sempre avaliam os prós e os contras. Eu não sou exceção." - Daiana falou calmamente: "Eu apenas escolhi o caminho que era mais benéfico para mim".

Hugo suspirou: "De qualquer forma, apoio sua decisão".

"Obrigada." - Daiana mudou de assunto: "Como está o Fernando?".

"Bem, ele conseguiu aceitar as duas novas babás. Seu humor tem estado mais estável ultimamente."

"Que bom."

"Você acabou de sair do trabalho e não jantou, que tal irmos comer fora?" - Hugo sugeriu.

Daiana estava prestes a recusar, mas ele interrompeu: "Na verdade, deveria ser você me convidando para jantar. Lembra-se da última vez que você estava com febre? Fui eu quem te levou ao hospital."