Retornou A Médica Divina romance Capítulo 42

Tainara concordou: "Gravando um vídeo do processo de fazer bolo, Daiana, seu comportamento não é estranho demais? É difícil não fazer as pessoas se perguntarem se você tem segundas intenções."

Ao ouvir isso, Nevio sentiu o peso da culpa desaparecer instantaneamente, e disse irritado: "Eu sabia que você não tinha essa preocupação toda com a minha saúde de graça. Estava aqui esperando a oportunidade!"

Daiana sorriu levemente: "Se vocês não acreditam no vídeo que apresentei, e estão convencidos de que fui eu, então chamem a polícia."

Mas desta vez, ela não seria tão facilmente mandada para a prisão.

"Então como quiser, vamos chamar a polícia. Se eu não te mandar de volta para a cadeia, meu nome não é Nevio!" - Nevio disse, indo pegar seu celular.

"Chega." - Isaura falou friamente: "Dani já mostrou o vídeo provando sua inocência, e vocês ainda querem condená-la, isso é um absurdo. Parece que serei eu, a velha senhora, que terei de apresentar as provas necessárias para comprovar sua inocência."

Nevio, resignado, disse: "Vovó, eu sei que você gosta da Daiana, mas esse vídeo não prova nada. Tanto faz se é você ou ela quem mostra."

"Quem disse que o que eu tenho é esse vídeo?"- Isaura sorriu: "Nilda."

"Sim, senhora." - Nilda aproximou-se, pegando seu celular e começando a operá-lo, e disse: "Desde que Sra. Daiana foi presa, há um ano, Sra. Isaura tem se arrependido profundamente. Anteriormente, considerando a privacidade dos empregados, a senhora não instalava câmeras de vigilância em casa. Mas ela não esperava que, por causa dessa decisão, a inocência de Daiana não pudesse ser provada, sendo mandada para a prisão por vocês."

"Para evitar que isso aconteça novamente, a senhora mandou instalar câmeras de segurança ocultas em todos os cantos da casa, exceto nos banheiros e quartos, sem deixar nenhum ponto cego."

Nevio, curioso, perguntou: "Temos câmeras em casa? Como não sabia disso?"

"Isso foi feito em segredo pela senhora, sem informar aos outros."

Enquanto conversavam, a tela da TV já mostrava a imagem da câmera de segurança.

Nilda ajustou a câmera da cozinha para o momento em que Daiana começou a fazer o bolo.

A imagem era clara, até o peso na balança eletrônica era visível.

Daiana não fez nenhum movimento suspeito de envenenamento durante todo o processo, até que Jacinto a chamou para comer, e ela saiu do campo de visão da câmera.

"Nilda, avance rápido."

"Sim, senhora."

Nilda acelerou a imagem, e não demorou muito para uma empregada de meia-idade entrar na cozinha, mexendo sorrateiramente na porta da geladeira.

Passou pela cabeça de Nevio um sentimento estranho, um desconforto.

Apesar de ele não gostar de Daiana, gostava dos doces que ela fazia, mais do que qualquer confeiteiro poderia fazer ao seu gosto.

Não era à toa que ele a havia repreendido na mesa de jantar, mas logo depois pediu que ela fizesse um bolo.

Embora relutante, Nevio nunca admitiria, e resmungou com desdém: "Quem se importa?"

"Cof cof cof"

Um som de tosse inesperado soou.

Tainara apressou-se em bater nas costas de Talita: "Talita, você está bem?"

"Estou bem, cof cof cof"

Talita tossiu algumas vezes, olhando para Jacinto: "Jacinto, estou me sentindo um pouco mal, você poderia me levar de volta ao quarto do hospital?"