Retornou A Médica Divina romance Capítulo 491

As peças de roupa deles foram caindo no chão, uma a uma, enquanto Jacinto carregava Daiana para a cama, inclinando-se para beijar seu pescoço.

Ele a provocava com paciência, como sempre fazia... talvez até com mais paciência do que o habitual.

Porém, o corpo de Daiana permanecia tenso, sem se entregar rapidamente como de costume, chorando e implorando por ele.

O coração de Jacinto doía tanto que ele mal conseguia respirar.

Ele, como se fosse impulsionado por uma ferida, dominou-a sem sequer usar proteção.

Daiana não estava preparada, e a dor a fez aspirar ar frio.

Jacinto não esperou que ela se acostumasse, iniciando um ataque feroz, cada vez mais intenso.

Daiana virou o rosto, e as lágrimas escorriam pelos seus olhos, inundando o travesseiro.

Dor...

Uma dor insuportável.

Dor no corpo e na alma.

Ela nunca imaginou que o ato entre casais pudesse ser tão doloroso.

Ela não conseguiu encontrar um pingo de prazer em todo o processo, seu corpo não reagiu com desejo.

...

Durante todos esses anos de casamento, esta foi a experiência sexual mais dolorosa para Jacinto.

O corpo de Daiana permanecia rígido, indiferente a suas carícias.

Uma sensação de derrota invadiu os nervos de Jacinto.

Mas quanto mais se sentia derrotado, mais impiedoso se tornava.

Parecia que apenas assim conseguia ignorar a dor em seu coração.

O ato terminou entre suores e exaustão de ambos.

Daiana permaneceu em silêncio durante todo o tempo.

Daiana forçou um sorriso: "Eu não queria que fosse assim, eu realmente queria que fosse como antes, mas, Jacinto, eu não consigo controlar meu corpo."

"Quando te vejo, tudo que me vem à mente é a cena de você atirando na minha madrinha..."

As lágrimas de Daiana caíam como chuva: "Jacinto, estou tão perdida, não sei com que sentimentos devo encarar você."

"No começo, eu estava com medo de que sua mãe morresse nas mãos da família Nunes por minha causa, então me desesperei para salvá-la, porque sabia que você teria um espinho no coração para sempre se ela morresse por minha causa."

"Mas agora, minha madrinha não morreu por sua causa, mas sim pelas suas próprias mãos, e o que está cravado no meu coração não é mais um espinho, e sim uma faca!"

"Você sabe por que eu tenho estado desesperada para evitar você esses dias? Porque cada vez que te vejo, essa faca se aprofunda um pouco mais."

"Estou doendo tanto..."

"Daiana, não seja assim, por favor!" - Jacinto tentava desesperadamente enxugar as lágrimas dela: "Eu não fiz de propósito, se eu soubesse da relação de vocês, jamais teria atirado!"

"Me perdoa desta vez, só desta vez, por favor? Estou te implorando, Daiana!"

Daiana não disse nada, apenas chorou ainda mais...