Retornou A Médica Divina romance Capítulo 511

Daiana ergueu a mão e apertou o centro de sua testa: "Estou trabalhando agora, irei daqui a uma hora. Sr. Rodrigues, agora pode tomar seu banho."

"Sim, estarei esperando."

Daiana desligou o telefone e, somente depois, percebeu que a conversa que acabara de ter soou estranhamente íntima.

Ela se recompôs e abriu o laptop para continuar com a reunião.

Finalizou a reunião em meia hora e pegou o kit de primeiros socorros antes de descer.

Amélia, ao vê-la se preparando para sair, correu até ela ofegante: "Mamãe, para onde você está indo? Eu queria ir junto!"

"Vou trabalhar."

"Trabalhar é cansativo, eu queria acompanhar a Mamãe!"

Daiana se agachou e beijou seu rosto: "Querida, fique em casa, eu voltarei logo para brincar com você."

O rosto de Amélia inchou como um baiacu: "Mamãe, quem você vai encontrar? Por que não pode me levar?"

Daiana ficou atônita por alguns segundos: "Vou ver um paciente, o paciente precisa tomar uma injeção, Amélia também quer tomar uma injeção?"

Amélia sacudiu a cabeça como um rocambole e correu de volta para a babá: "Tchau, Mamãe!"

Daiana sorriu saindo.

...

Levou meia hora de carro da mansão de Hugo até a mansão Rodrigues.

Daiana chegou exatamente no horário combinado.

Ela bateu na porta do quarto de Jacinto.

Ninguém respondeu.

Daiana não entrou, mas esperou pacientemente do lado de fora.

Cerca de um minuto depois, a porta foi abruptamente aberta.

Jacinto acabara de tomar um banho e estava apenas com uma toalha enrolada na cintura.

Ele segurava uma toalha com uma mão, enxugando o cabelo, enquanto gotas de água escorriam pelo seu peito de tom trigo, seguindo pelos músculos abdominais até desaparecerem sob a toalha.

Era uma cena extremamente agradável aos olhos.

Daiana, calmamente, virou-se: "Sr. Rodrigues, vista-se antes de abrir a porta, por favor."

"Eu estava com medo de que você pensasse que eu não estava aqui e por isso me apressei em abrir." - Jacinto explicou: "Entre."

Daiana permaneceu parada: "Primeiro vista-se, depois eu entro."

Não demorou muito para Jacinto vestir uma camisa branca e calça preta, voltando ao seu habitual ar de distinção e frieza.

"O Sr. Rodrigues realmente sabe como brincar." - Daiana disse calmamente: "Eu sou a esposa de Hugo."

"Vocês ainda não oficializaram o casamento, é necessário enfatizar o relacionamento conjugal?"

"Temos uma filha juntos, oficializar ou não não faz diferença." - Daiana levantou-se, pegando o kit de primeiros socorros já organizado: "Meu marido e minha filha estão me esperando em casa, com licença."

"Daiana." - Jacinto segurou seu braço: "Você realmente não quer saber sobre nosso relacionamento e o que aconteceu entre nós?"

"Mesmo que realmente tenhamos nos conhecido antes, o passado é algo que não podemos recuperar. Sr. Rodrigues, por que insistir em explorá-lo, trazendo preocupações desnecessárias para si mesmo?"

Daiana observava uma pintura a óleo na parede à sua frente: "Eu acredito que certamente há uma razão para que Deus me faça esquecer meu passado, e eu respeito o plano divino."

Jacinto falou com uma voz rouca: "E se o que você esqueceu for algo que você não consegue deixar para trás?"

"Então é ainda mais razão para não mexer nisso." - Daiana virou-se para encará-lo diretamente nos olhos.

Havia um sorriso em seu rosto, mas era apenas o tipo de sorriso cordial que se oferece a um estranho.

"Se fomos marido e mulher como você disse, agora eu já tenho minha própria família. Continuar explorando um relacionamento passado, como isso seria justo com meu marido e minha filha atual?"

"Sr. Rodrigues, o passado deve permanecer no passado. Valorizar o presente e olhar para o futuro é o que eu deveria estar fazendo agora."

Daiana gentilmente afastou a mão dele: "Então respeite-me e não fale mais sobre essas coisas, muito menos tenha esses comportamentos inadequados ao contrário de sua identidade, por favor."

Jacinto insistiu: "E qual seria a minha identidade, hein?"