Retornou A Médica Divina romance Capítulo 528

Daiana tinha os olhos embaçados de lágrimas quando se agachou diante dele: "Hugo, na verdade, eu nunca estive distante do turbilhão, e você não interrompeu minha vida. Vir para a capital foi uma escolha minha, de todo coração."

"Eu sei que você está sofrendo por dentro, e eu vou ficar ao seu lado, sempre."

Hugo a olhou nos olhos: "Daiana, eu não posso casar com você, eu não vou viver muito tempo, e eu não quero ser um fardo para você."

Daiana o encarou seriamente: "Só se eu me casar com você, Jacinto vai desistir de mim, e eu também poderei cuidar de Fernando de maneira digna, em nome da sua mãe. Seria o melhor dos dois mundos."

"Daiana, na verdade, eu me arrependo."

"De que arrepende?"

"De ir até a cidade do Rio procurar por você, de fazer com que você viesse para perto de mim." - Hugo forçou um sorriso: "Porque eu passei a desejar ainda menos a morte desde que você e Amélia chegaram."

Daiana segurou firmemente a mão dele, e as lágrimas começaram a escorrer.

"Daiana, quando eu morrer, cuidar de você e dos dois pequenos vai ser muito difícil." - As lágrimas de Hugo caíram sobre o dorso da mão dela: "Mas eu não tenho escolha, só posso deixar Fernando aos seus cuidados para poder descansar em paz."

"Fernando já está crescendo, não vai demorar muitos anos até ele se tornar adulto." - Daiana tentou sorrir através das lágrimas que, no entanto, não conseguiam parar: "Juntos podemos tentar, quem sabe você não consegue ver o dia dele se tornar adulto."

"Se eu realmente aguentar até lá, você só vai sofrer mais." - Hugo sacudiu a cabeça: "Olha só para mim hoje, nem consigo segurar um prato direito, talvez não demore muito até eu precisar que você cuide de mim."

"Daiana, eu não quero chegar nesse dia, não quero ser um peso para você." - A voz de Hugo estava rouca: "Se chegar a esse ponto, eu preferiria morrer."

"Não diga uma coisa dessas!" - Daiana chorava copiosamente: "Você nunca será um fardo, enquanto você estiver vivo, Fernando terá um pai, e Amélia terá mais alguém para amá-la. Pense nas crianças, você tem que ser forte."

"Não chore, eu vou fazer o que você diz." - Hugo levantou a mão para limpar as lágrimas dela: "Eu vou ser forte, vou tomar os remédios na hora certa, tentando prolongar nosso tempo juntos."

"Eu posso ir sozinha." - Daiana disse: "Você deve voltar para dentro e descansar."

"E se Jacinto estiver lá esperando por você novamente?" - Hugo abriu a porta do carro: "Eu vou com você."

Daiana não recusou.

Como Hugo havia dito, quando chegaram, Jacinto já estava na porta da escola.

O homem era alto e majestoso, com um ar de nobreza e frieza divina, chamando a atenção de outros pais ao redor.

Hugo segurou a mão de Daiana e caminhou em direção a Jacinto: "Sr. Rodrigues, se não me falha a memória, seu filho tem apenas dois anos, não é? Como ele veio para a escola tão cedo?"

O olhar de Jacinto caiu sobre as mãos deles, e sua voz fria e profunda ecoou lentamente: "Solte-a."