Retornou A Médica Divina romance Capítulo 534

Daiana sentia uma dor tão intensa que mal conseguia respirar.

Hugo lançou um olhar para Jacinto, que estava parado ao pé da cama, e disse a Lorraine: "Lorraine, já está ficando tarde, acompanhe Isaura para comer algo e aproveite para trazer algo para Daiana também."

"Ok." - Lorraine apoiou Isaura enquanto saíam juntas.

Hugo foi o último a sair, fechando a porta atrás de si.

"Por quê?"

A voz grave e rouca de Jacinto ecoou pelo amplo quarto do hospital.

"Amélia é minha filha, e você também não perdeu a memória de verdade, por que mentir para mim?"

"Daiana, isso é uma vingança por eu ter atirado e matado Clara, não é?"

"Eu nunca pensei em me vingar de você." - Daiana forçou um sorriso: "Eu só queria fugir de você."

Jacinto deu alguns passos até ela e, com força, virou-a para encará-lo: "Só por querer fugir de mim, você me privaria do direito de ser pai?"

"Daiana, seu coração é mesmo cruel..."

Ele nunca havia considerado que Amélia pudesse ser sua filha.

Agora, pensando sobre a última vez que estiveram juntos, de fato, não tomaram precauções.

Mas aquele momento não foi agradável para nenhum dos dois.

Ela estava sofrendo, e ele também não encontrou conforto algum.

Ele não imaginava que, justamente aquela vez, resultaria em Amélia.

Mas, naquele momento, ele se sentia imensamente grato por Amélia ser sua filha.

Era a maior surpresa que havia recebido em décadas de vida.

Jacinto lentamente se ajoelhou: "Daiana, faz três anos, todos os dias tenho vivido um inferno. Mesmo que você ainda me odeie, a punição já foi suficiente."

Daiana fechou os olhos, dominada pela dor.

Seu coração, que havia selado com tanto esforço, naquele momento, desmoronava sem resistência.

Ela tinha que admitir que nunca deixou de amar Jacinto, mas certas formas de amor deviam permanecer contidas no coração.

Uma vez liberadas, trariam apenas dor profunda e insuportável.

Ela não poderia suportar isso.

Quando Daiana abriu os olhos novamente, havia recuperado sua calma.

"Jacinto." - Ela olhou para o homem apoiado em seu peito: "Fique tranquilo, eu não vou privá-lo do direito de ser pai. Você poderá visitar Amélia sempre que quiser."

"Visitar?'' - Jacinto ergueu a cabeça, confuso: "Aonde visitar? Na família Gomes?"

"Eu decidi viver com Hugo."