Retornou A Médica Divina romance Capítulo 6

Daiana parou de arrumar as roupas abruptamente e se virou para olhá-lo: "Você havia dito que minha alimentação aqui seria diferente dos outros prisioneiros, que em cada refeição eu teria que comer figado de porco ou espinafre, todos ingredientes ricos em ferro, porque eu deveria estar sempre pronta para doar sangue para Talita."

Jacinto franzia a testa: "No fim das contas, você ainda se ressente por causa de Talita, Daiana. Pedir que você doasse sangue era para salvar uma vida, você, sendo estudante de medicina, deveria ter um coração compassivo, e eu já te compensei por isso".

"Compaixão de uma médica?" - Daiana riu ironicamente: "Você já viu uma médica doar sangue a ponto de quase morrer para salvar uma paciente?".

"E quanto à compensação que você mencionou, você está falando disso?"

Daiana apontou para uma parede inteira coberta de bolsas, cujo valor total certamente ultrapassava vários milhões, o sonho de muitas mulheres.

"Toda vez que eu doo sangue, você me compra uma bolsa, e são sempre aquelas que a Talita não quis, certo?"

Cada bolsa que chegava em suas mãos era escolhida por Talita, que pegava as que gostava primeiro e deixava Daiana escolher uma das extravagantes que sobravam. Embora caras, nenhuma delas era prática para o uso diário.

Ela nunca havia pedido por bolsas, mas eles pareciam achar que doar sangue em troca de bolsas era uma grande vantagem para ela, Daiana.

Daiana sorriu desdenhosamente: "Eu não vou levar nenhuma dessas bolsas comigo, porque nunca pensei em vender meu sangue."

Jacinto levou a mão à testa, massageando-a levemente.

Desde que se casaram, Daiana sempre fora submissa, às vezes ficava um pouco irritada, mas nunca havia desafiado ele assim, com tamanha resolução.

Jacinto segurou os ombros dela, sua voz se suavizou um pouco: "Sei que você está chateada por ter saído da prisão recentemente, mas podemos parar de brigar? Vamos jantar, pedi para a Lúcia preparar seu prato preferido".

Daiana afastou a mão dele e pegou sua mala, caminhando em direção à porta.

No segundo seguinte, ela foi levantada do chão e carregada nos braços dele.

Antes que Daiana pudesse reagir, ela foi colocada na cama macia.

"Você não quer?" - Jacinto levantou a cabeça, seus olhos cheios de luxúria brilhando com interesse enquanto olhava para a garota embaixo dele: "Agora é você que diz que não quer, mas logo será você me agarrando, implorando por mais."

O rosto de Daiana ficou corado até as orelhas, parecendo que estava prestes a sangrar.

Ele sorriu maliciosamente e começou a beijar seu pescoço: "Neste último ano em que você esteve ausente, eu também sofri. Passei pelo menos trezentas noites trabalhando até tarde para me controlar."

Do lado de fora da janela, a noite cobria tudo, e a chuva persistente caía suavemente, enquanto a temperatura dentro do quarto aumentava cada vez mais.

Depois de três anos de casamento, Jacinto conhecia cada centímetro do corpo de Daiana, provocando-a com habilidade.

Daiana estava tensa e trêmula, tentando manter a sanidade e se libertar, mas ele parecia determinado a arrastá-la para a perdição.

"Daiana, me dê..."