Retornou A Médica Divina romance Capítulo 89

Jacinto ficou aliviado quando viu que ela acordou: "Acordou? Está sentindo algum desconforto? Vou chamar o médico!"

Daiana segurou a mão dele com força, com a voz rouca de dificuldade, e perguntou: "E o bebê? Ele ainda está aqui?"

Jacinto hesitou antes de responder: "Daiana, você não estava grávida".

Daiana franziu a testa: "O que você quer dizer com isso? Posso não ser especialista em ginecologia, mas também não deixaria passar um diagnóstico como esse. E eu usei um teste de gravidez!"

Lembrando-se de algo, as lágrimas começaram a correr: "Meu bebê se foi, não é? Você está dizendo isso porque tem medo de que eu não consiga aceitar. Eu sabia que algo tinha acontecido com o bebê naquela noite".

Jacinto fechou os olhos antes de falar: "Eu conversei com a Lúcia, o teste de gravidez realmente indicou que você estava grávida. Mas o obstetra fez um exame detalhado ontem à noite e confirmou que não havia sinais de aborto espontâneo. O sangramento era realmente menstrual. O médico disse que só havia uma explicação: o bebê era um caso de gravidez bioquímica."

Daiana ficou chocada.

Ela era estudante de medicina e sabia o que isso significava.

Uma gravidez bioquímica é quando o bebê não se desenvolve ou se implanta corretamente e se perde antes mesmo de poder ser detectado por um ultrassom, diferente de um aborto comum, isso praticamente não tem efeito sobre o corpo da mulher.

Ela e seu bebê tinham um destino, mas não tiveram a chance de se encontrar.

Daiana fechou os olhos e começou a chorar descontroladamente.

Com a perda da avó e agora do bebê, as pessoas mais próximas a ela se foram. O que ela usaria para se apoiar agora?

"Daiana, você acabou de fazer uma cirurgia de esplenorrafia, o choro pode afetar a cicatrização da ferida" - disse Jacinto com seriedade: "Vou chamar o médico para examiná-la".

Quando Isaura chegou, Daiana estava dormindo.

"Como isso pôde acontecer!" - Isaura estava perturbada: "Jacinto, a Dani está bem?"

"O que você acha?" - Jacinto olhou para ela com severidade: "Se você não tivesse ajudado ela a fugir, será que teria tido tantos problemas? Vovó, era esse o resultado que a senhora queria?"

Nilda tentou intervir: "Sr. Jacinto, como o senhor pode falar assim com ela? Ela só estava tentando..."

Jacinto saiu da sala e encontrou Hugo esperando do lado de fora.

"Como está a Daiana?"

"Não é da sua conta."

Hugo, ansioso, disse: "Não precisa ser tão hostil. O problema aconteceu no Rio, eu só quero ajudar".

"Isso não é necessário."

"Jacinto Rodrigues!" - Hugo exclamou irritado: "Daiana pode ser sua esposa, mas isso não significa que ela perdeu sua identidade, que nem pode ter amigos!"

Jacinto agarrou a camisa dele: "Se ela não tivesse ficado na sua casa até as onze da noite, talvez nada disso tivesse acontecido!"

"A culpa foi minha, eu deveria ter insistido em levá-la para cima." - Hugo estava cheio de remorso.