Ela olhou para a expressão de dor e frustração em seu rosto e por um momento, ela não conseguiu dizer uma palavra.
Elliot chegou à conclusão de que Avery e Eric estavam em um relacionamento; se Avery fosse ele, ela também entenderia mal. Afinal, em que circunstâncias uma mulher aceitaria um cartão de um homem? Tinha que ser quando os dois fossem extremamente próximos e não tinham nada a esconder um do outro. Quando ela namorou Elliot e o relacionamento deles ainda estava na fase de lua de mel, ela nunca aceitou o cartão dele.
Sua linha de pensamentos parou quando ela viu as lágrimas em seus olhos.
Sentindo como se estivesse sendo estrangulada, ela freneticamente tentou explicar, apesar da dificuldade para respirar. "Elliot... Ele só está me pedindo para guardar o cartão para ele... eu não gastei o dinheiro dele..."
"Sério?" Elliot apertou os dedos ao redor do cartão. "Se for esse o caso, vou devolver isso a ele em seu nome."
Com isso, ele levantou a prateleira do chão e se afastou para abrir a porta.
Os rostos de Mike e das crianças apareceram diante dele. Com uma expressão fria, ele passou por eles sem dizer uma palavra e desceu.
"Mãe! Ele te machucou?" Layla correu para o quarto e olhou para o rosto de sua mãe.
Avery forçou um sorriso e pendurou a bolsa de volta na prateleira. "Não. Ele não se atreve quando todos vocês estão em casa."
"Avery, eu ouvi tudo." Mike entrou com o coração pesado. "Aconteceu alguma coisa com o bebê?"
De repente, fez sentido que ela estivesse chorando de manhã.
Avery fingiu ser forte e disse: "Ainda não temos certeza! É que o risco é enorme, mas ainda precisamos esperar pelos resultados".
"Ah, então não fique chateada tão cedo," Mike a confortou, "eu conversei com um médico e ele disse que os bebês não são tão frágeis quanto nós pensamos que são. Normalmente tudo se acerta depois de três meses de gravidez."
"Sim."
"Eu briguei com ele hoje cedo e meio que deixei escapar dizendo tudo." Mike parou diante de Avery e coçou a cabeça sem jeito.
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