Riqueza Pós-Divórcio romance Capítulo 1

O final do outono na Cidade L estava extremamente frio e chuvoso.

Carolina Schubert estava no jardim, toda encharcada pela chuva. Ela não parava de tremer.

Os servos da família Birmingham iam e voltavam. Eles passaram por ela várias vezes, mas ninguém parou para conversar, como se Carolina fosse invisível. Demonstrando muito respeito, eles acompanharam um médico de jaleco branco para dentro da mansão.

Ninguém se importava com a mulher. Os servos sequer olhavam para ela, a esposa legítima do jovem mestre da mansão.

No fundo, Carolina também sabia que, apesar de estar na família Birmingham havia mais de três anos, ela não era nem mesmo tão importante quanto o cachorro criado pela irmã de Moeen Birmingham.

Além disso, a mulher não era nada comparada a Xiomara Lambert, cunhada de Moeen. Ele a amava mais do que tudo.

Poucos minutos atrás, Carolina e Xiomara caíram na piscina juntas. A parte mais funda da piscina tinha apenas 1,5 metros de profundidade. No entanto, o homem mergulhou na água e salvou Xiomara de imediato.

Sem sequer olhar para Carolina, que ainda estava se debatendo na água, ele correu para dentro da mansão, carregando a cunhada. Em seguida, até ordenou que os melhores médicos da cidade viessem checar a condição dela.

Todos na família Birmingham davam muita atenção a Xiomara, mas ignoravam Carolina, como se a mulher fosse lixo. Ninguém pareceu se preocupar com ela em momento algum.

Arrastando os pés, Carolina voltou lentamente para o quarto. Ela tomou um banho e vestiu um velho pijama, antes ir para a cama se aquecer. Sem perceber, a mulher caiu no sono de tão exausta que estava.

.…..

"Levanta!"

Carolina ouviu uma voz fria.

Ela abriu os olhos aos poucos, e alguém puxou as cobertas de cima dela. Quando a mulher viu que era Moeen, os olhos ficaram marejados de lágrimas na mesma hora.

“Moeen, como tá a Xiomara?” Carolina sentou-se. Enquanto esfregava as têmporas, ela viu a expressão sombria do homem e disse com a voz rouca: “Eu não empurrei ela”.

Moeen lançou-lhe um olhar gélido. Com desprezo, ele ordenou: “Levanta. Vem comigo até o hall ancestral”.

Ao ouvir isso, Carolina despertou no mesmo instante. Ela olhou para o homem, incrédula. Então, suportando a dor que sentia, perguntou: “Por quê?”

"Você vai se desculpar!" Moeen nem se deu ao trabalho de olhar para ela. Ele a arrastou para fora do quarto, como se estivesse levando um saco de lixo.

O homem estava irritado demais para falar com Carolina. Xiomara era frágil e estava sempre doente. Apesar de ele ter chamado o médico assim que ela caiu na água, o bebê na barriga dela não conseguiu sobreviver.

Aquela criança era o único filho do irmão mais velho de Moeen. Mas, por causa de Carolina, o bebê se foi. Nada restou.

Quando a mulher ouviu para onde ele queria levá-la, ficou em choque. Era como se tivessem virado um balde de água fria na cabeça dela em pleno inverno. Isso fez com que ela tivesse calafrios.

O hall ancestral da família Birmingham era um lugar perigoso. A última pessoa que entrou lá nunca mais saiu.

“Moeen, não fui eu. Me escuta...” Carolina estava se esforçando para se desvencilhar da mão do homem, mas era inútil. A dor a estava deixando pálida, porém ele fazia ainda mais força.

“Se você tem algo a dizer, diga pra toda família Birmingham”, afirmou ele com frieza.

Carolina cambaleava atrás de Moeen, e olhava para o perfil do homem. Ela arriscou cortar os laços com a própria família para se casar com ele, de tão bonito que era.

No entanto, desde que os dois se casaram, Moeen nunca a tratou bem.

Por três anos, ela acreditou que conseguiria aquecer o coração de gelo do homem. Entretanto, Carolina estava errada. Ele só tinha olhos para Xiomara.

A cunhada era a única pessoa para quem o homem demonstrava carinho, como se o coração dele pertencesse a ela.

"Me solta." A mulher sorriu com frieza, e afirmou em um tom monótono: “Eu consigo andar sozinha”.

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