Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia romance Capítulo 631

Após a saída de Zuo An, Roberto Gonçalves permaneceu sentado na cadeira, perdido em pensamentos por um longo tempo.

De repente, uma voz ecoou em sua mente: "Você esteve com ela por tanto tempo, faça uma despedida adequada."

Roberto Gonçalves soltou um suspiro profundo.

Ele retirou de uma gaveta um álbum de fotos, onde todas as imagens eram dele e de Roberta juntos.

Em cada foto, o fundo era sempre de íris em flor.

Ele se lembrou do significado das íris: amor desesperado.

Assim como ele e Roberta, desde o início estavam destinados a não ter um final feliz.

Enquanto isso, no jardim, Roberta cuidava de suas plantações; a colheita da estação já havia terminado, e as vinhas começavam a secar. Ela precisava limpá-las para preparar o plantio da segunda safra.

De repente, Dona Almeida aproximou-se empurrando uma cadeira de rodas: "Roberta, deixe a mamãe ajudar você."

Roberta ficou surpresa, sem entender o motivo da súbita gentileza de Dona Almeida.

Pensando por um momento, Roberta respondeu: "Ajuda sem motivo ou é um truque ou um roubo. Diga, o que você quer agora?"

Dona Almeida empurrou a cadeira de rodas pela estreita passagem entre as hortaliças: "Por que magoar sua mãe? Na minha idade, não tenho muito tempo de vida. Meu único desejo agora é ver você e sua irmã se reconciliando antes de eu partir. Quando eu me for, vocês precisam cuidar uma da outra."

"Quem quer saber de cuidar dela?" Roberta achou graça, "Eu só cuido do meu Rob."

Os olhos de Dona Almeida encheram-se de tristeza.

Ela olhou ao redor e sussurrou: "Ele não estará com você por muito tempo."

Roberta ficou tensa, o rosto tornou-se frio: "O que você quer dizer? Está amaldiçoando ele? Todo o seu conforto atual vem da generosidade dele. Se continuar sendo ingrata, eu a mandarei embora."

Dona Almeida respondeu enigmaticamente: "Roberta, você vive com Roberto Gonçalves há tanto tempo, nunca percebeu nada estranho?"

Depois, deixou-se cair na cadeira, como se um grande peso tivesse sido retirado de seus ombros.

De volta à casa, Luciana Almeida estava relaxada em uma espreguiçadeira. Com uma mão, segurava uma tigela de frutas, desfrutando de um momento de tranquilidade.

Ao ver Dona Almeida retornar, Luciana Almeida perguntou friamente: "Qual foi a reação dela?"

Dona Almeida sentou-se na cadeira de rodas; sem ninguém para ajudá-la durante o caminho, tinha se esforçado bastante para chegar ali sozinha.

E ao encontrar Luciana Almeida tão à vontade, comendo frutas sem ao menos olhá-la, sentiu-se um pouco desapontada.

"Eles se amam muito, não é com algumas palavras que conseguiremos criar discórdia. Ela nem sequer seguiu a direção que você queria."

Luciana Almeida zombou: "Estúpida. Ela vai pagar caro pela sua estupidez."

A Sra. Almeida empurrou a cadeira de rodas até a frente de Luciana Almeida, ofegante, e disse: "Lucy, mamãe está com sede. Pode me servir um copo d'água?"