Se Tudo Pudesse Recomeçar romance Capítulo 74

"Via, se eu pudesse, gostaria de nunca ter conhecido você em minha vida!"

Ele me olhou daquele jeito, como se eu tivesse feito algo que o magoasse tanto que ele teve que desistir de mim completamente.

Aquela dor era tão intensa que meu coração não pôde deixar de sentir uma pontada de compaixão.

No entanto, eu não demonstrei isso e sorri para ele, dizendo: "Igualmente."

Se eu pudesse, também gostaria de nunca tê-lo encontrado nesta vida.

Assim, eu estaria agora no laboratório, lutando pelos meus sonhos, com um corpo saudável.

Em vez de estar assim, completamente destroçada.

Ao ouvir meu “igualmente”, César riu de repente, uma risada quase insana. “Ótimo! Ótimo! Via, você realmente consegue!”

Quando ela o amava, fazia de tudo, qualquer coisa para ficar com ele.

Quando ela não o amava, ela detestava até mesmo a pessoa que era antes.

Ela era realmente uma pessoa que nasceu sem coração!

Em um determinado momento, ele estava tão convencido de que, não importava o que acontecesse, o amor dela por ele era verdadeiro, que ela o amava como se sua vida dependesse disso e que ela fazia todas essas coisas porque o amava muito.

Por isso, não importava o que ela fizesse, ele sempre a protegia, hesitava em ser rígido com ela.

Mas...

Afinal, aquele amor tão profundo não passava disso.

Bastou um acidente para ela recolher todo o amor dela sem piedade, fria e sem coração.

Até se arrependeu de ter amado ele!

Olhei para sua loucura de forma um tanto estranha, perguntando-me por que ele estava tão agitado.

Como é possível que ele possa dizer algo assim e eu não.

Mas, eu não disse nada.

De qualquer forma, contanto que pudéssemos nos divorciar, estava tudo bem!

Depois de parar de rir insanamente, ele disse com uma frieza decisiva: “Amanhã, às oito e meia da manhã, no Cartório. Agora, saia daqui imediatamente!”

Se ela podia retirar o amor dela com tanta determinação, ele também podia!

...

Pensando que amanhã eu finalmente acabaria com esse casamento, fiquei tão animada que nem contar carneirinhos me ajudava a dormir. Tinha medo de que tomar remédios para dormir me fizesse perder a hora no Cartório.

Não tive coragem de tomar os remédios.

Depois de ficar me revirando, não consegui nem ficar confuso por um tempo, então me levantei e fui para o escritório ler.

Eu queria voltar para a pós-graduação, então precisava adquirir mais conhecimento o mais rápido possível.

Logo eu estava me afogando em um mar de conhecimento e não conseguia sair.

Se não fosse pelo alarme, eu não teria notado que já era dia lá fora.

Quando fazemos o que gostamos, realmente não sentimos cansaço.

Depois de me arrumar rapidamente, peguei um táxi para o Cartório.

Ainda era bem cedo para o horário combinado, mas eu queria chegar antes para evitar qualquer imprevisto.

Estava ansiosa para encerrar esse capítulo da minha vida o quanto antes.