Se você me ama romance Capítulo 151

"Arianna, não adianta você ser tão teimosa." Ele parecia impaciente. "Para começar, Pedro e Valerie não são decentes. Você acha que eles a deixarão em paz depois do jeito que as coisas terminaram da última vez? Sei que você não tem medo deles, mas pelo menos pense no bebê."

Fiquei paralisada em descrença, então perguntei: "Você está me seguindo?".

"Não, estou protegendo você!"

Ri sarcasticamente, "Obrigada por me proteger!".

Como não conseguia mover o carro, decidi ir embora com os meus próprios pés.

No entanto, ele me agarrou pelo braço, "Pare de ser tão teimosa! Você vai se arruinar desse jeito".

Eu já estava fazendo malabarismos para administrar tudo que estava acontecendo na minha vida, mas fiquei fora de mim quando ele me agarrou. Então me virei para encará-lo e falei: "Ainda seria melhor do que deixar você me arruinar. Por que você não pode simplesmente me deixar em paz? Por que agora, que eu enfim consegui ver uma luz no fim do túnel, você insiste em querer me levar para o passado? Aaron, o que você vai ganhar me levando de volta para o inferno?".

Eu já tinha conseguido me livrar de algumas lembranças ruins do passado. Porém, com a volta de Aaron, elas começaram a rastejar dos escombros de onde se encontravam.

Eu estava presa em memórias, e isso me torturava.

Vinte e cinco anos atrás, uma idosa solitária encontrou uma menina abandonada em um beco em Hovell. A bebê tinha cerca de dois meses e estava morrendo de fome, só chorava.

Felizmente, a senhora de bom coração levou a bebê para casa e a alimentou e a manteve aquecida até levá-la para à polícia.

Até hoje eu não sabia o seu nome verdadeiro. Só me lembro da Carol o apresentando como Aaron no primeiro dia em que o trouxe para casa.

Aaron arruinou a vida pacífica e harmoniosa que eu tinha com Carol; ele era rebelde e violento. Sempre bagunçava o quintal, trancava-me no porão ou até mesmo me jogava na lagoa.

Mas essas não foram as piores coisas que ele fez. Cada vez que ele me machucava, ele pedia a ajuda de Carol. Então, ela sempre o deixava passar ileso, apesar de ser perverso.

No ano do meu vestibular, a fábrica teve problemas com o sistema de esgoto e seria investigada. O investidor queria encobrir as irregularidades explodindo a processadora de esgoto antes que a investigação ocorresse.

Mas William, o gerente da fábrica na época, se opôs à ideia. Afinal, se o sistema de esgoto da fábrica fosse danificado, a empresa não conseguiria mais processar seus resíduos químicos, o que representaria mais uma ameaça à saúde dos moradores locais.