Se você me ama romance Capítulo 182

Eu me virei e olhei pela janela. Então vi um jipe preto familiar estacionado não muito longe da estação de trem, com as janelas abertas, assim como a nossa.

Era Hendrix.

Eu não o via há meio mês. Ele parecia abatido, mas continuava tão bonito quanto antes, e olhava em nossa direção com seus olhos escuros insondáveis.

Nesse momento, Aaron estava muito perto de mim, então eu o empurrei por instinto, mas ele agarrou meu pulso com ar presunçoso e me abraçou com força.

Ainda sorrindo, olhou provocadoramente na direção de Hendrix e disse ao motorista: "Vamos!".

E fechou a janela assim que o carro começou a se afastar. Foi quando consegui afastá-lo de mim, cheia de raiva.

"Aaron, seu b*stardo doente!", gritei. Estava claro que ele tentava se vingar de Hendrix.

Depois de me soltar, ele se recostou no assento. "E você já não sabia disso?"

Fiquei sem palavras e com raiva, querendo cortá-lo em pedaços, mas no final, só o encarei antes de me virar para olhar pela janela, ignorando-o.

O motorista parou o carro perto de um restaurante, para onde Aaron já tinha ligado para fazer os pedidos. Portanto, assim que nos sentamos na mesa, os pratos foram servidos.

A raiva não me deixou comer muito, e Aaron parou também ao perceber que eu não estava me alimentando.

Ele ergueu as sobrancelhas e perguntou: "Você não gostou?".

Ele parecia diferente de quem era havia cinco anos, mas eu ainda não conseguia dizer o que havia mudado. Balancei a cabeça e disse: "Não estou com fome".

Ele franziu os lábios e me fitou com o queixo apoiado em uma das mãos, "Você não deveria comer mais já que está grávida?".

"Sim." Eu não sabia mais o que dizer, então dei mais algumas garfadas. Depois falei: "Talvez eu não esteja com tanta fome".

Aaron me levou até Flora Hill, uma grande comunidade com casas espalhadas. Aves sobrevoavam em volta das árvores plantadas ao longo da estrada.

Permanecemos em silêncio durante todo o trajeto e, quando chegamos, ele parou o carro na entrada do casarão e olhou para mim:

"Você não vai me convidar para um chá?".

"Não", respondi e saí do carro.

Ele me seguiu e me parou: "Mesmo que você me odeie, não pode negar que somos irmãos. E como seu irmão mais velho, é óbvio que eu quero conhecer meu cunhado. Arianna, admita, você não tem nenhum parente além de mim, alguém relacionado a você pelo sangue. Você não tem mais ninguém".

Suas palavras perfuraram meu coração como uma adaga. Foi tão doloroso que eu não conseguia respirar. Mas suprimi a tristeza ao dizer: "Aaron, você não pode julgar a minha vida com base na sua só porque não tem família ou amigos, porque não ama ninguém. Você não pode definir minha vida com base na sua".

Sempre soube que ele se sentia sozinho, mas nunca mencionara isso. No entanto, não havia mais razão para hesitar, já tocáramos no assunto. Olhando para seu rosto sombrio, continuei: "Eu tinha a vovó e agora tenho meu marido e meu filho. Também tenho Monique. Não sou você, que é como uma ilha isolada que ninguém pode chegar perto".