Se você me ama romance Capítulo 305

Fiquei boquiaberta, quase recusando o convite de Irvin. Eu não queria ir, mas depois de pensar um pouco, decidi ir. Afinal, eu precisava seguir em frente.

No outono, o anoitecer caia mais cedo. Irvin tinha uma aparência marcante e atraiu muita atenção na vizinhança assim que saímos para andar. Ele era especialmente popular entre as moças, que também saíram para passear.

Depois de algumas voltas, comecei a me sentir cansada da caminhada e fui me sentar em um banco sob a luz do poste da rua. Olhei para Irvin e disse: "A pessoa com quem você se casar será muito feliz."

Ele ergueu as sobrancelhas para mim e, com as mãos nos bolsos, perguntou com indiferença: "Você está feliz agora?"

A sua pergunta me pegou de surpresa, e memórias começaram a inundar minha mente. Baixei a cabeça e fiquei em silêncio.

Percebendo que algo me incomodara, ele suspirou baixinho e sentou-se ao meu lado. Ele me colocou o braço envolta dos meus ombros e disse: "Desculpe, eu não quis dizer isso."

Eu balancei minha cabeça. Não era culpa dele. Eu simplesmente não conseguia ir deixar o passado para trás, não importava o quanto eu tentasse. Era como se as memórias estivessem gravadas em minha mente.

"Você tirou uma foto dele?" Eu me engasguei, com as mãos trêmulas.

Com os lábios contraídos, Irvin levou a mão até meu rosto para enxugar minhas lágrimas e suspirou silenciosamente: "Melhor você não ver. Tudo ficará melhor no futuro."

Ele fez todos os arranjos para o funeral do meu bebê. Porque, no final das contas, não tive coragem de assistir ao enterro do bebê ou mesmo ver como ele era.

Irvin disse que meu filho era muito saudável, cerca de três quilos, e era louro, rechonchudo. Um bebê adorável.

Eu não conseguia vê-lo, com medo de me matar de tanta desolação. Eu também estava com medo de não suportar enterrá-lo depois que o visse.

"Tudo bem, não vou", abaixei a cabeça, cerrando as mãos com tanta força que até senti um pouco de dor.