Se você me ama romance Capítulo 317

"Você..." Nerissa começou a retrucar.

"Desculpe, mas ainda tenho trabalho a fazer. Com licença, por favor." Eu não sou muito boa em determinar se as pessoas têm boas ou más intenções, cada um experiencia coisas diferentes. Eu tive que suportar meus momentos mais difíceis sozinha. Eu não conseguia entender as dificuldades dos outros, mas de qualquer maneira, não tinha interesse em saber.

Assim que saí do escritório de Nerissa, fui direto para o de Irvin.

Ele estava sentado em sua cadeira, com uma aparência bastante relaxada.

Quando ele me viu, ergueu as sobrancelhas e perguntou: "Sobre o que vocês conversaram?"

"Relacionamentos", falei sem dar importância e me sentando no sofá, bebi alguns goles de água para ajudar a acalmar os ânimos.

Os cantos da boca de Irvin se contraíram e ele perguntou: "Você está convencida?"

Olhei para cima em direção a ele e retruquei: "Você acha que é fácil me convencer de alguma coisa?"

Ele curvou os lábios, "Bom, é difícil dizer."

Depois de uma breve pausa, ele acrescentou: "Você ama muito Hendrix. Não vai se arrepender se desistir dele deste jeito?"

Revirei os olhos, "Por que você acha que eu o amo?"

Irvin deu de ombros e se levantou continuando seu argumento: "Se você não o amasse, não teria se estressado desta maneira."

Depois de pegar o documento sobre a mesa, ele veio até mim e me entregou: "Aqui estão as informações a respeito dos dois homens daquela noite. Se você realmente quiser investigar, eu posso ajudar."

Peguei a pasta de sua mão. Perplexa e inquieta, li o documento e senti que o meu lado escuro podia tomar conta de mim a qualquer instante.

Analisei a coluna em que havia uma lista de familiares, então não pude deixar de dizer timidamente: “Eles têm esposa e filhos. Será que eles parariam de fazer crueldades, se perdessem um de seus filhos?”

Pressionando os lábios, Irvin olhou para meu rosto frio como pedra e suspirou: "O que você pretende fazer?"

Sabendo que nada mudaria minha opinião, por mais que ele tentasse me dissuadir, ele preferiu ficar em silêncio.

Depois de deixar a empresa e entrar no carro, Irvin não perguntou o que eu gostaria comer, ele ligou o carro e começou a dirigir. 

Irvin sempre teve um bom paladar. Os restaurantes que ele escolhia sempre me impressionavam. Então, quando ele parou em frente a um restaurante francês, olhei pela janela do carro e comentei: "Você deveria escrever uma trilha gastronômica para Jarold City. Tenho certeza de que muitas pessoas iriam adorar."

Ele curvou os lábios em um sorriso e ergueu as sobrancelhas para mim: "Como você sabe que é bom, se ainda nem provou a comida?"

Dei de ombros, "Aqui é bem isolado, e o restaurante tem um ambiente agradável. Ninguém passaria desapercebido por este lugar, se não estivesse procurando por ele. Normalmente, a pessoa que abre um negócio neste tipo de lugar, não pretende ganhar rios de dinheiro, mas por motivos sentimentais. Diga-me se estou errada, mas acho que o chef deste restaurante também é o dono dele."

Ele sorriu, trancou o carro e disse: "Você está certa."

Eu o segui até a entrada, onde ele cumprimentou o atendente e me levou para o segundo andar. O restaurante não era tão grande, mas seu pequeno quintal estava repleto de flores. Cada cantinho daquele lugar tinha uma vibração artística e pacífica.