Sem ter que fazer uma cena, Victoria o irritou tanto que ele foi embora. Quando saiu, bateu a porta com força, gerando um baque alto.
A mulher, por sua vez, apenas encolheu os ombros e esfregou a barriga com gentileza e falou com uma voz suave: “Não se preocupe, meu amor. Esqueça-o, está bem? Quando crescer, não será como ele, que não é nada além de um mal-humorado.” Ao murmurar para o bebê em sua barriga, arrumou seus pertences e se preparou para ir para a empresa.
…
Arthur ouviu seu celular tocar assim que entrou na garagem. Ainda zangado com Victoria, pegou o aparelho com mau-humor. No entanto, quando viu quem era, a expressão irritada em seu rosto começou a desaparecer, ao que ele atendeu a chamada e disse: “Alô.”
Era Benedito Sully, médico de Griselda. “Bom dia, Sr. Cadogan.” A voz do médico soou tão terna quanto ele. “Quem fala é Benedito Sully, médico de sua avó. Lamento ligar tão cedo, mas gostaria de saber mais sobre a saúde dela. Se possível, seria conveniente trazê-la até meu consultório?”
Rugas se formaram entre as sobrancelhas de Arthur. “Hoje?”
“Se possível, sim.”
“Beleza.” Arthur desligou a chamada e sentou-se no banco do motorista. Pensou que sua avó precisaria de um pouco mais de tempo para descansar, não imaginou que o médico voltaria a ligar tão cedo.
Isso é coincidência ou o quê? Victoria acabou de perguntar sobre minha avó; agora, recebi uma ligação do dr. Sully. As coisas vão se desenrolar desta forma? Ainda perdido em seus pensamentos, olhou para o espelho retrovisor e viu Victoria caminhando naquela direção.
Devido ao tempo frio, usava uma camisa azul folgada de manga comprida com um suéter branco casual e um par de calças de cor clara. Nos pés usava um par de sapatilhas bege.
Desde quando se veste assim? Quando ela passou pelo carro dele, o homem abriu a janela e chamou-a. Victoria então parou e perguntou: “O que foi?”
Vendo o olhar inexpressivo dela, Arthur sentiu como se tivesse sido apunhalado mais uma vez, então fechou os olhos e disse: “O Dr. Sully acabou de ligar.”
Victoria, que até então parecia calma, ficou um pouco atordoada. “Ele é o médico de sua avó?”
“Sim.” Tinha os olhos fixos nela. “Quer que a levemos até o consultório dele.”
Victoria não achou que receberia uma atualização sobre a situação de Griselda tão cedo, embora ainda se perguntasse por que o médico não havia ligado antes. “Claro. Ela parece estar se recuperando muito bem, acho que deve estar melhor agora. De qualquer forma, quem vai contar, eu ou você?”
Arthur manteve os olhos nela por um tempo e Victoria acrescentou: “Bem, se estiver ocupado, não me importo de contar.”
O homem forçou um sorriso irônico e perguntou: “Está desesperada, não está?”
“Não, não estou”, respondeu ela, ao que os dois se viram em um silêncio constrangedor mais uma vez, então suspirou e perguntou: “Nesse caso, devemos contar juntos?” Quando Arthur não respondeu, ela piscou e questionou: “Ou prefere conta sozinho?”
No entanto, o homem continuou em silêncio, encarando-a. Depois de alguns momentos de hesitação, Victoria disse: “Acho que talvez precise de um pouco de tempo para pensar a respeito. Vamos para o trabalho, por enquanto.” Ela lhe deu as costas.
“Venha aqui.” Arthur chamou-a e disse em tom sério: “Vamos contar a ela juntos. Entre no carro.”
Quer que eu entre no seu carro? Victoria deu uma olhada no banco do passageiro e pensou consigo mesma: Para ser sincera, não estou a fim de ficar perto de você. Não posso ir sozinha?
Assustada com a ação inesperada, Victoria encarou-o com desagrado. Calma, Victoria. Você não terá que suportá-lo por muito mais tempo; uma vez que Griselda for operada, estará livre. Por favor, controle-se e evite qualquer conflito com ele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...